Após contratar time especializado e aprovar sua “Política de Investimentos ESG”, a gestora recebe Selo ESG Órama; transparência com investidores também fortalece a política de investimento em ESG
Atualmente, há um amplo reconhecimento de que o setor financeiro tem uma capacidade expressiva de influenciar empresas na adoção de práticas e processos de produção mais responsáveis e sustentáveis. Questões relacionadas à mudança climática e a disparidade econômica têm feito, nos últimos anos, com que investidores fiquem cada vez mais de olho em empresas que investem na melhoria dos aspectos ESG (Environmental, Social and Corporate Governance).
No início de 2021, a Santa Fé Investimentos, acreditando no potencial de transformação da sociedade por meio do setor financeiro, montou seu departamento voltado às práticas sustentáveis, aprovando uma Política de Investimentos ESG e, ainda, classificando as empresas de sua carteira em torno da metodologia ESG escolhida pela Gestora. O principal foco da iniciativa está vinculado à geração de valor aos investidores de seus fundos líquidos: Santa Fé Aquarius FIM e Santa Fé Scorpius FIA.
Dentre as diferentes metodologias ESG, hoje, utilizadas no mundo todo, a SFI definiu que o objetivo neste momento é integrar a análise ESG às empresas que já compõem sua carteira. Além disso, a gestora visa investir no engajamento com o top management das companhias como uma ferramenta para induzir melhorias e transformações.
Como resultado desse trabalho, a Santa Fé acaba de receber o Selo ESG da Órama Investimentos em reconhecimento à performance do Fundo Santa Fé Aquarius, que incorpora a análise ESG como forma de gerar valor aos investidores. Na seção de Fundos de Investimento da Órama, existe uma ferramenta de filtro/pesquisa que averigua se as parceiras têm conformidade ESG, dentre outros critérios como rentabilidade ou volatilidade. “A Santa Fé vem trabalhando para consolidar sua política de investimento ESG e de fato colocar tais processos em nosso cotidiano. Passamos por uma due diligence intensa junto a Órama e ficamos orgulhosos com esse reconhecimento”, afirma Fernanda Lancellotti, sócia e diretora de relações com os investidores da SFI.
ESG como atividade essencial
Dentro do projeto de reposicionamento da marca, a Santa Fé enxergou a importância de estruturar um departamento de ESG que orientasse todas as atividades da empresa. Esse núcleo ganhou corpo com a chegada de Ana Luísa Da Riva como sócia, que atualmente ocupa o cargo de CSO (Chief Sustainability Officer), após ter passado por instituições como Banco Mundial e Instituto Semeia. “Nas últimas décadas, tivemos um crescimento econômico considerável, mas não foi necessariamente um desenvolvimento econômico. Houve degradação social e ambiental, no mundo todo, além da ampliação de desigualdades. O setor financeiro tem um potencial enorme de induzir transformações positivas nas empresas para que práticas e processos se tornem mais sustentáveis e haja mais desenvolvimento do que puramente crescimento econômico”, afirma.
A Santa Fé, tanto institucionalmente quanto por meio de seus sócios, sempre valorizou os aspectos éticos, processuais e os valores fundamentais que amparam o conceito de desenvolvimento. Parafraseando Amartya Sen, Prêmio Nobel de Economia, Ana Luisa Da Riva acredita que é fundamental se ater ao conceito de “Desenvolvimento como Liberdade”, por meio do qual o crescimento econômico é fundamental, mas deve vir acompanhado da melhoria de oportunidades para as pessoas. “O fortalecimento desta ótica ESG, nos últimos anos, permite que a Santa Fé coloque em prática seus valores e aborde questões como sustentabilidade e responsabilidade, em uma frente de trabalho mais sistematizada e articulada”, afirma Riva.
A Política de Investimento Responsável da SFI está disponível no site da companhia, contemplando tópicos como diretrizes de investimento responsável, a metodologia ESG adotada pela gestora, fases e periodicidade para revisão, papéis e responsabilidades das partes envolvidas e modelos de como avaliar as empresas. “Olhamos para todas as empresas a serem possivelmente investidas sob o olhar ESG. Esse documento ajuda a angular essa perspectiva, isto é, criamos critérios para analisar nossos clientes”, complementa Riva.
As análises, na prática, ocorrem em três estágios: Levantamento de Informações, utilizando-se de plataformas que oferecem informações e também inteligência interna; Engajamento, com questionários customizados (elaborados a partir do modelo do SASB – Conselho de Padrões Contábeis de Sustentabilidade) que são enviados para as empresas e orientam rodadas de conversa com o top management; e por fim, Classificação, que é a fase na qual as empresas são classificadas em um dos quatro quadrantes: Bom, Melhorando, Piorando e Ruim.
“Para nós, ao classificar uma empresa, nos interessa muito mais o filme do que a foto, ou seja, levamos em conta de fato quais são as intenções reais de uma companhia e como ela responde a eventos adversos”, complementa Riva. “Se alguma companhia estiver na categoria Ruim, adotamos a política de exposição zero. Para quem estiver em Piorando ou Melhorando, o investimento pode ocorrer, mas após uma decisão realizada em comitê com a qual é estabelecida a exposição máxima permitida a ser usada pelo gestor”, acrescenta a CSO. “A Santa Fé conta atualmente com, em média, 35 empresas em seu portfólio. Estamos na fase de estudar e classificar cada uma delas. Para um ESG efetivo, é necessário um estudo aprofundado”.
Para o investidor, é importante ter a segurança de que as empresas as quais estão recebendo seus investimentos via fundos são comprometidas com políticas e diretrizes ESG. Logo, estar bem-posicionado em rankings como este é fundamental. “Atualmente, o mundo demanda uma produção mais sustentável. Existe uma pressão crescente da sociedade civil e do setor privado. Muitos dos nossos investidores, antes de escolherem um determinado fundo, fazem questão de saber se as respectivas empresas estão em sintonia com melhores práticas”, acrescenta Riva.
Credenciais
A Santa Fé Investimentos é detentora de quatro selos: o Código Amec Stewardship, voltado ao dever fiduciário de empresas de investimento; o Principles for Responsible Investment (PRI), certificado de uma rede apoiada pela ONU que congrega investidores que se comprometem com práticas responsáveis; o CDP – Disclosure Insight Action, referente a sistemas de investimento conscientes (foco em mitigação da emissão de Gases de Efeito Estufa – GEE); e o selo da MOSS, recebido pela compensação das emissões institucionais de CO2 não mitigáveis.
Sobre a Santa Fé Investimentos (https://santafe.com.br/)
A Santa Fé Investimentos uma gestora de fundos independente, com foco no mercado de ações e agronegócio, solidez, alta performance e mais de 30 anos de experiência. A empresa acredita na democratização do acesso ao mercado de ações e agro com uma experiência mais próxima, ágil, transparente e com resultados consistentes. Por conta disso investiu no relacionamento e distribuição dos seus produtos nas plataformas digitais de investimento chegando até 21 dos principais players do mercado. Em constante evolução, o foco é melhorar e descomplicar as relações com o investimento sem deixar de lado o impacto social e ambiental.