“A agricultura familiar tem possibilidade de brigar no mercado em que o consumidor reconhece algum atributo especial”. Esta afirmação foi feita por Hernando Riveros, especialista em agronegócios e agricultura rural do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura Familiar, à Agência Brasil.
Riveros assegurou que este tipo de negócio deve investir em nichos de mercado e agregar valor à produção tradicional. Porém salientou que a agricultura familiar “não tem como competir com as commodities e com produtos genéricos”.
“Deveríamos tratar de inserir cada vez mais e incorporar processos de seleção, classificação e de embalo porque a agregação de valor vai transformar os produtos e a pequena agroindústria; até porque o mercado paga mais por produtos frescos. Hoje, se paga mais pela fruta fresca do que pelo suco”, destacou o especialista ao comentar que esta prática deve investir em processos que possam agregar valores aos seus produtos, como um selo de boas práticas agrícolas.
O Instituto mapeia e apóia atividades ligadas à agricultura famílias em vários países. A organização identificou atividades no âmbito do Ministério da Agricultura, de implementação de selo de qualidade e de denominação de origem, na Argentina.
“Esse é o desenvolvimento mais interessante que identificamos até agora. Vamos mapear essas atividades em países como o Brasil, em que temos visto possibilidade de tratar desses temas”, completou o especialista.
* Publicado originalmente no site EcoD.