Quase 70% dos pacientes com HIV do Emílio Ribas em São Paulo são heterossexuais

Levantamento feito pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo referência no tratamento de doenças infecto-contagiosas na capital paulista, revela que 68% dos pacientes com HIV e aids que se tratam no hospital são heterossexuais.

O estudo mostra também que 25% dos pacientes são do sexo feminino e a maioria dos pacientes, independentemente do sexo, têm idade entre 30 e 40 anos. Apenas 20% dos entrevistados declararam união estável com o parceiro.

Em relação à escolaridade, 42% dos pesquisados informaram ter apenas o ensino fundamental concluído, e apenas 0,9% haviam concluído o ensino superior. Segundo o médico infectologista David Uip, diretor do Emílio Ribas, a batalha contra o vírus ainda continua e a barreira principal ainda não foi quebrada: a consciência de todos.

“Houve muitos avanços na medicina no que diz respeito ao tratamento da aids da década de 1980 para cá, mas não adianta a medicina evoluir se toda a população não estiver consciente dos riscos da doença e de como preveni-la”, comenta.

O levantamento dos dados foi realizado pelo serviço social durante quinze dias acompanhando a rotina de mais de cem pacientes internados no hospital. Cerca de 80% do atendimento do Emílio Ribas é voltado a portadores do HIV.

* Publicado originalmente no site Agência de Notícias da Aids.