Com o objetivo de ser reconhecida como a cidade que sediou a primeira Olimpíada Verde, a prefeitura de Londres, em parceria com as organizações London Food Link e Big Lottery’s Local Food Fund, iniciou a campanha Capital Growth, que traz como objetivo principal o incentivo ao consumo de alimentos orgânicos.
A cidade, longe de ser considerada uma grande produtora agrícola, encontrou uma solução diferente para levar o conceito para os londrinos: foram distribuídas cem mil mudas de tomate orgânico e disponibilizados espaços reservados para a plantação. O objetivo é criar 2.012 novos espaços de cultivo público, ou seja, hortas comunitárias espalhadas por diversos pontos de Londres, até o final de 2012. Os “fazendeiros urbanos” recebem orientação e apoio a projetos comunitários de cultivo de alimentos.
No Brasil
Após a finalização dos jogos de 2012, o Rio de Janeiro será a próxima cidade a sediar as Olimpíadas, com o desafio de superar a capital britânica no quesito sustentabilidade. As ações previstas para esta área, no entanto, devem ser implantadas no país em meados de 2013, antes da Copa do Mundo, em 2014.
Durante a participação no seminário Green Rio – Oportunidades e Desafios da Copa 2014, em agosto, o coordenador da Câmara Temática Nacional de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Copa 2014, Cláudio Langone, apontou que o governo federal quer tornar o evento um marco das questões ambientais no Brasil e trazer o tema para a agenda brasileira. O intuito é aproveitar os eventos para reforçar as ações e a implantação de políticas públicas para o setor.
Os números apontam a existência de cerca de dez mil produtores. Os eventos esportivos representam uma oportunidade de crescimento e desenvolvimento da agricultura familiar e orgânica, beneficiando pequenos produtores que optam por não usar agrotóxicos e pesticidas no cultivo dos alimentos.
De acordo com a coordenadora do Centro Sebrae de Inteligência em Orgânicos, Sylvia Wachsner, a iniciativa deve ser implantada nas 12 cidades-sedes dos jogos e o governo deve adquirir os alimentos diretamente dos pequenos agricultores locais. “Essa determinação governamental sinaliza para o crescimento da agricultura orgânica no país, das informações para os produtores e das cadeias que podem oferecer esses produtos”, afirmou Sylvia em entrevista à Agência Brasil.
* Publicado originalmente no site EcoD.