No dia 1o de novembro, iniciou-se uma campanha internacional para a proteção da vida marinha na região da Antártida. A Aliança Oceânica Antártida cobra da Convenção para a Preservação dos Recursos Vivos Marinhos Antárticos que seja criada uma ampla rede isenta de exploração na área dos mares do sul, o que a tornaria a maior zona marinha protegida do mundo.
De acordo com Steve Campbell, membro da aliança, o problema é que os recursos de pesca em todo o mundo sofrem uma pressão cada vez maior e haverá nações pesqueiras mais distantes com a intenção de explorar os mares do entorno da Antártida. “Elas vão fazê-lo legal ou ilegalmente”, afirmou Campbell à AFP.
Embora o continente esteja sob proteção desde 1991, Campbell afirmou que inexiste legislação semelhante que proteja suas águas, ricas em vida marinha, com grande parte encontrada apenas naquela região do planeta. Entre os membros da aliança estão as organizações ambientalistas WWF (Fundo Mundial para a Natureza), Greenpeace e a Coalizão Antártica e do Oceano Austral.
A convenção, integrada por 25 países, deve decidir sobre uma rede de reservas marinhas até 2012. Campbell disse que a aliança pede a criação de uma rede de reservas “em uma escala nunca feita antes em outro local do planeta por causa do enorme valor da Antártida para a ciência e a humanidade”.
A proposta é que a zona de proteção abarque o entorno do continente gelado, incluindo o Mar de Ross. Isso ajudará a preservar cerca de 10 mil espécies, como os pinguins-imperador, baleias minke, focas e lulas gigantes.
“Acho que temos um longo caminho a percorrer em termos de ação política para fazer isto acontecer”, acrescentou. “No fim das contas, todos terão que contribuir.”
A Antártida é vista como uma região crítica para o estudo das mudanças climáticas, uma vez que seu território gelado fornece dados valiosos sobre níveis de emissão de gases de efeito estufa e temperaturas.
As informações são da France Presse.
*publicado originalmente no site EcoD.