O Relatório Global sobre a Epidemia de Aids do ano de 2011, publicado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) nesta segunda-feira, 21 de novembro, revela que o acesso ao tratamento com antirretrovirais é de 47% em países de baixa e média rendas, ou seja, 6,6 milhões de pessoas estão recebendo o coquetel de medicamentos, que ajudaram a evitar 2,5 milhões de mortes desde 1995. A publicação antecede a comemoração do Dia Mundial de Combate à Aids, em 1º de dezembro.
Ainda segundo o programa da ONU, foi registrada uma estabilização de novas infecções na maioria das regiões do mundo. O número de contágios caiu em 33 países, 22 deles situados na África subsaariana, a região mais afetada pelo HIV/Aids, com 5% de prevalência entre a população adulta, seguida pelo Caribe (0,9%) e Rússia (0,9%).
Na América Latina, a evolução permanece estável desde o início dos anos 2000 (0,4% de prevalência). Também há estabilidade na América do Norte (0,6%) e Europa Ocidental e Central (0,2%), “apesar do acesso universal ao tratamento, do atendimento e apoio, e da ampla sensibilização ao tema”, ressalta o documento.
A proporção de mulheres com HIV permaneceu estável (cerca de 50%), mas há mais representantes do sexo feminino que homens infectados na África (59%) e no Caribe (53%).
Até o fim de 2010, 34 milhões de pessoas viviam com o HIV. Neste mesmo ano, foram 2,7 milhões de novas infecções pelo vírus e 1,8 milhão de óbitos por conta de complicações ligadas à doença.
O Unaids garante que continuará investindo em várias frentes para combater o HIV, entre elas, as intervenções dirigidas para as populações em risco, tais como profissionais do sexo, homossexuais e usuários de drogas injetáveis, além de promover o uso de preservativo e a mudança comportamental. Segundo Michael Sidibé, diretor executivo do programa, mesmo com a crise financeira mundial, o combate à doença não sofreu grandes consequências. Em 2010, o financiamento para combater a doença caiu para o equivalente a R$ 11,7 bilhões, uma redução de 10%, se comparado a 2009.
Conheça o relatório do Unaids na íntegra em PDF (em inglês).
* Publicado originalmente no site EcoD.