Maioria dos alunos de universidades particulares que fazem pesquisa também trabalham

Pesquisa realizada com os participantes do 11º Congresso Nacional de Iniciação Científica (Conic), promovido pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), revela que a situação financeira dos jovens pesquisadores de instituições públicas e privadas é bem distinta.

Segundo os dados,  61% dos alunos da rede privada trabalham, contra 40% da rede pública. Dentre os estudantes das privadas que trabalham, 25% recebem ajuda da família, 17% ajudam no sustento da família, 13% se sustentam, e 6% sustentam a família.

Em relação à renda familiar, a pesquisa demonstra que a maioria das famílias dos estudantes de iniciação científica apresenta uma renda mensal de três a dez salários mínimos, o que as inclui na classe C. Nas instituições privadas, 50% afirmaram estar nesta faixa e, nas públicas, 47%.

Entre as famílias que ganham até três salários, encontram-se 32% dos alunos da rede privada e 33% dos matriculados na rede pública.

Financiamento

Ao todo, 55% dos alunos da rede privada são bolsistas. Dentre eles, há os que recebem bolsa da própria instituição (26%), bolsa integral do Prouni (15%), bolsas oferecidas por entidades externas (5%), financiamento pelo Fies (5%) e bolsa parcial do Prouni (4%).

De acordo com os organizadores, os resultados têm o objetivo traçar o perfil dos estudantes de iniciação científica do país. Ao todo, foram ouvidos 2.641 alunos, de faculdades, universidades e centros universitários, da rede pública e privada.

Além de características econômicas, o levantamento também aponta dados pessoais – como faixa etária, sexo e estado civil –, escolaridade dos pais, dedicação aos estudos e histórico escolar.

* Publicado originalmente no Portal Aprendiz.