No país, a discussão sobre quais plásticos são necessários ou desnecessários é uma das polêmicas no âmbito das negociações
Atualmente, a poluição plástica é um dos principais desafios ambientais. Segundo estimativas da Oceana, organização internacional focada na preservação dos oceanos, o Brasil é o maior produtor de resíduos plásticos da América Latina. Ao todo, cerca de 325 mil toneladas são atiradas no mar todos os anos.
Somente nos chamados plásticos de uso único, como embalagens, copos descartáveis, mexedores, canudos e filtros de cigarro, entre outros, o Brasil produz 3 milhões de toneladas anuais, o que equivale, aproximadamente, a 500 bilhões de itens. A discussão sobre quais plásticos são necessários ou desnecessários é uma das mais polêmicas no âmbito das negociações no país.
Na cidade mais populosa do país, com um total de 12,33 milhões de pessoas, campanhas e projetos para a redução do uso de plástico único se tornaram frequentes. Diariamente, o município coleta 12 mil toneladas de resíduos domiciliares, contendo lixo orgânico e reciclável, totalizando 360 mil toneladas/mês.
Em 2019, por exemplo, o vereador Xexéu Trípoli (PSDB) viabilizou a assinatura do município de São Paulo, na época, tendo como prefeito Bruno Covas, ao Compromisso Global da Nova Economia do Plástico – até então o maior plano de ações para reverter a crise do consumo de plástico no planeta, liderado pela ONU Meio Ambiente e pela Fundação Ellen MacArthur. O acordo tem como medidas estimular a eliminação de embalagens desnecessárias e realizar compras sustentáveis.
No mesmo ano, a Lei do Canudo (17.123/2019), proposta pelo vereador, foi aprovada pela Câmara, proibindo o fornecimento de canudos confeccionados em material plástico nos locais que especifica. O político também é autor da Lei n° 17.261/2020, que proíbe o fornecimento de produtos de plástico de uso único, como copos, pratos, talheres, agitadores para bebidas e varas para balões. A Lei aguarda regulamentação do executivo desde 2021.
“É extremamente importante que o poder público tome atitudes que incentivem as práticas sustentáveis, em todo o mundo, pois mostra a importância do país ou município com o meio ambiente. Deve, também, adotar práticas para conscientizar sobre o mal uso do plástico. Com o passar dos anos a expectativa é que isso se amplie para todo o país e para o mundo”.