De acordo com o estudo “Next Insurance – Oportunidades e desafios do mercado de seguros”, da PwC, a reinvenção do setor é imperativa. “Hoje no Brasil apenas 10% da população possui seguro de vida. Além disso, embora o país tenha uma frota grande de veículos e dependência de rodovias, apenas 30% dela é segurada. Educação financeira e conscientização da população poderão respaldar maior demanda dos serviços de seguros”, explica Maria José Cury, sócia e líder do setor de Seguros da PwC Brasil.
O relatório destaca como as seguradoras podem transformar seus modelos de negócio e operacionais para atender às demandas de um mercado cada vez mais complexo e enfatiza a urgência de estratégias centradas no cliente e na adoção de tecnologias avançadas, como a inteligência artificial (IA) generativa.
Inovação tecnológica como diferencial competitivo
A adoção de tecnologias, como a IA generativa e soluções em nuvem tornaram-se essenciais ao setor, indica o estudo. Seguradoras que investem em inovações tecnológicas conseguem maior agilidade para lançar novos produtos e melhorar processos internos, como a gestão de sinistros e de riscos gerais. Essas tecnologias também viabilizam a integração de dados, essencial para um atendimento mais eficiente.
Envelhecimento e Educação Financeira
Outro ponto crítico é o envelhecimento populacional. O setor de Seguros enfrenta o desafio de conscientizar consumidores sobre a importância do planejamento financeiro a longo prazo. A necessidade de seguros mais acessíveis e personalizados é evidente, especialmente para atender às demandas de uma sociedade que viverá mais e exigirá maior segurança financeira na aposentadoria.
Soluções climáticas como estratégia
Iniciativas de sustentabilidade são valorizadas, como a concessão de incentivos financeiros para empresas que adotam práticas verdes e reduzem emissões de carbono, explica o estudo.
“Coberturas paramétricas, sensores de monitoramento em tempo real e incentivos para o uso de tecnologias sustentáveis contribuem com a mitigação e aumentam a relevância do setor na sociedade”, explica Maria José Cury.
Cliente no centro do negócio
O estudo também indica que muitas seguradoras ainda operam com sistemas fragmentados, o que compromete a experiência do cliente. Já aquelas que colocam os clientes no centro de suas estratégias estão conseguindo não apenas melhorar os serviços, mas também impulsionar crescimento com lucratividade.
“A centralidade no cliente também permite a prevenção de riscos e a personalização de produtos, aspectos cada vez mais valorizados. Nossa expectativa é que as seguradoras mais visionárias revisem seus modelos de negócios e operacionais de acordo com essa estratégia. Isso inclui fazer mudanças apropriadas na cultura corporativa, aprimorar recursos humanos e tecnológicos e expandir o envolvimento em parcerias”, conclui a sócia da PwC.
Assessoria PwC/Envolverde
