A visão padrão das cidades como geradores de riqueza, diversidade e ideias será desafiada na África.
Em algum momento em 2013 Lagos vai ultrapassar Cairo e se tornar a maior cidade da África. Isto é uma confirmação de uma mudança definitiva das extremidades do continente para sua região tropical intermediária. Dentro de uma década Lagos vai ter 16 milhões de pessoas; Kinshasa, no Congo, terá 15 milhões. A visão padrão das cidades como geradores de riqueza, diversidade e ideias será desafiada na África.
A fim de se tornarem habitáveis, as cidades terão que melhores seus sistemas de transporte público, enfrentar o aumento dos crimes violentos e gerar oportunidades para jovens africanos. Em 2013, mais da metade de todos os habitantes de cidades terão menos de 18 anos e toda eleição africana, pelo menos estatisticamente, será decidida por eleitores de primeira viagem. A certeza é que cidades africanas serão as economias mais informais do mundo em 2013. Cerca de 70% dos trabalhadores viverão somente através de seus meios, dependendo de contratações diárias para ganhar o bastante para terem o que comer, pagar aluguel e a mensalidade das escolhas de seus filhos. Isso tornará a economia dinâmica, mas também inflamável.
* Com informações da The Economist.
** Publicado originalmente no site Opinião e Notícia.
