Entre 10 e 15 milhões de pessoas na África, Ásia e América do Sul enfrentam um crescente risco ambiental e de saúde por conta de exposição ao mercúrio, originário principalmente da mineração em pequena escala e do uso do carvão como combustível. É o que aponta o estudo Global Mercury Assessment 2013, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). De acordo com o levantamento, as emissões de mercúrio na mineração artesanal dobraram desde 2005. O documento será formalmente lançado no 5º encontro do Comitê de Negociação Intergovernamental sobre Mercúrio (INC5), que esta acontecendo em Genebra. Os Estados participantes pretendem concluir a discussão sobre um tratado de redução de emissões do metal e minimizar o risco às pessoas – doenças neurológicas e outros males estão diretamente relacionadas à contaminação por mercúrio – e ao meio ambiente.  Cerca de 260 toneladas do metal previamente mantidas nos solos estão sendo jogadas em rios e lagos. Nos últimos 100 anos, a quantidade de mercúrio presente na superfície dos oceanos praticamente dobrou. Outras 200 toneladas estão depositadas no Ártico, principalmente por causa da atividade humana. O índice de contaminação de animais e plantas da região cresceu dez vezes em 150 anos. (Envolverde)