“Educação é um direito humano e deve ser protegido da turbulência econômica”, afirma relator da ONU

A educação é um direito humano fundamental que deve ser protegido das dificuldades econômicas e apoiado com o financiamento adequado. A afirmação foi feita no dia 6/7 pelo Relator Especial da Organização das Nações Unidas sobre o direito à educação, Kishore Singh, durante a reunião anual do Conselho Econômico e Social (Ecosoc), em Genebra, na Suíça.

O movimento Educação para Todos é um compromisso global lançado em 1990, que tem como objetivo fornecer educação básica de qualidade para crianças, jovens e adultos por meio de seis metas para a educação, que buscam atender as necessidades de aprendizado, e que têm como prazo o ano de 2015. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), alcançar as metas requer um investimento global de US$ 16 bilhões, além da contratação de quase dois milhões de professores.

“Os orçamentos nacionais devem reconhecer a necessidade de aumentar e sustentar os investimentos na educação. A diminuição do apoio doméstico e internacional neste setor em períodos de crise econômica podem afetar o destino de uma geração inteira”, afirmou Singh. Estima-se que 67 milhões de crianças em idade escolar em todo o mundo não vão às aulas devido a problemas sociais e financeiros, entre outros.

O Relator Especial disse ainda que é frustrante ver que a ajuda internacional à educação diminui, sendo esta uma área essencial para a promoção do desenvolvimento. “Garantir o acesso universal a educação primária de qualidade não é uma mera questão de escolha política, mas uma obrigação com os direitos humanos”, completou.

* Publicado originalmente no site da ONU Brasil.