Cerca de 6,5 milhões de brasileiros estudam pela internet, segundo dados de 2009, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Os internautas que mais procuram atualização profissional pela rede mundial de computadores são aqueles com curso superior, que representam 22% do total, seguidos dos que cursaram até o Ensino Médio (8%) e dos que estudaram até o Fundamental (5%).
O desenvolvimento da tecnologia, com vídeos, esquemas de estudo em flash e a comunicação em tempo real, com professores e colegas, são alguns dos aspectos que permitem o contato com o conhecimento sem sair de casa.
Mas tais possibilidades não são para todos. As classes mais altas são as que mais frequentam cursos on-line: a classe A com 21%, classe B com 14%, e classe C com 10%. A pesquisa atesta que aqueles que acessam a internet de locais como telecentros e lan houses têm menos chance de participar de um curso on-line.
Além disso, as empresas de grande porte são as que mais utilizam a internet como meio de atualização profissional. Cerca de 55% dos usuários desses cursos trabalham em empresas com mais de 250 funcionários, em uma amostra de 340 mil.
Mas não é só por meio de cursos a distância que se pode estudar pela internet. Sites como YouTube, iTunes e Wikipedia são boas ferramentas de acesso ao conhecimento. O iTunes University, por exemplo, faz parte do programa educacional da Apple e oferece mais de 175 mil vídeos e arquivos de áudio gratuitos sobre diversos assuntos direcionados, principalmente, a estudantes e professores.
O YouTube também possui usuários interessados em compartilhar conhecimento gratuitamente. Canais de ensino de inglês e assuntos cotados para o vestibular são os mais desenvolvidos. Um dos mais visualizados é o canal de Steve Kaufmann (veja o vídeo abaixo), um autodidata que aprendeu mais de dez línguas e compartilha experiências e método de aprendizagem por meio de vídeos.
[youtube width=”640″ height=”390″]https://www.youtube.com/watch?v=EU07C6bjIXA&feature=related[/youtube]
Kaufmann foi capaz até de aprender russo, um idioma conhecido pela sua dificuldade gramatical. O método dele é baseado em contato com o idioma por meio de leitura e audição de materiais repetidas vezes.
As wikis também são uma alternativa para aqueles que buscam entender temas de forma rápida e sintetizada. A mais utilizada delas, a Wikipedia, possui milhares de usuários interessados em contribuir para a propagação do conhecimento por meio de artigos e imagens separados por verbetes. Qualquer internauta pode alterar as informações e tornar o texto cada vez mais completo, além disso, há grupos de revisores que atualizam os textos periodicamente.
A Scientific Electronic Library Online (SciELO) é uma biblioteca que possui uma coleção selecionada de periódicos científicos brasileiros. O projeto é uma parceria da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo com a Bireme (Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde).
A maioria dos títulos está relacionada a assuntos de ciências biológicas e químicas. Ao digitar a busca, o resultado é disponibilizado em uma lista em ordem alfabética, de assuntos, ou por um módulo de pesquisa por assunto, pelos nomes das instituições publicadoras e pelo local de publicação.
Outras possibilidades de conhecimento são os dicionários on-line e as ferramentas de correção de texto gratuitas. Algumas sugeridas pela redação EcoD são o iDicionário Aulete, o The Free Dictionary, o Google Tradutor e a Ortografa! (com a nova ortografia do português). Elas ajudam na construção de um texto correto, relembram sinônimos e, principalmente, tiram aquelas dúvidas de “falta momentânea de léxico”.
* Publicado originalmente no site EcoD.