Agricultores na República Centro-Africana precisam urgentemente de sementes, alerta FAO

  A República Centro-Africana (RCA) está enfrentando uma crise alimentar, alertou a ONU nesta segunda-feira (16) pedindo medidas para apoiar os agricultores. Cerca de 1,29 milhão de pessoas, ou 40% da população rural, precisa de assistência urgente.

Atualizado em 17/12/2013 às 12:12, por Ana Maria.

Crianças esperam permissão para coletar grãos que caíram da entrega de suprimentos do Programa Mundial de Alimentos feita por aviões. Foto: ONU/Eskinder Debebe

 

A República Centro-Africana (RCA) está enfrentando uma crise alimentar, alertou a ONU nesta segunda-feira (16) pedindo medidas para apoiar os agricultores. Cerca de 1,29 milhão de pessoas, ou 40% da população rural, precisa de assistência urgente.

As sementes estão em falta porque a população teve de comê-las para não morrer de fome e por causa dos saques. A produção agrícola está diminuindo dramaticamente desde dezembro de 2012, o que é muito problemático para um país cuja agricultura equivale a 53% do produto interno bruto.

“Agricultores desesperados têm vendido ferramentas e animais para que possam alimentar suas famílias, o que os deixa sem meios de subsistência”, afirmou que a diretora de Emergência e Reabilitação da Organização da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO), Dominique Burgeon.

Segundo a FAO, por causa dos desafios para alcançar famílias de agricultores afetados, os esforços devem começar agora para ajudá-los a se preparar para a época de plantio de 2014. O plantio do milho, que é o principal alimento da região, está previsto para o início de março no centro e sul do país, enquanto o plantio de sorgo e milheto deve começar em maio no norte.

“O aumento das operações de paz no país prevê a criação de condições favoráveis para que os agricultores possam voltar aos seus campos”, disse o representante regional da FAO para a África, Bukar Tijani, sobre a decisão do Conselho de Segurança da ONU de enviar forças de paz lideradas por africanos e apoiadas por franceses para acabar com a violência no país.

Os conflitos iniciados no ano passado já mataram milhares de pessoas e obrigaram mais de meio milhão a deixar suas casas.

* Publicado originalmente no site ONU Brasil.


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