Alimentação balanceada auxilia na prevenção de osteoporose

Caracterizada pela descalcificação e enfraquecimento dos ossos, a osteoporose surge de forma lenta e gradual e atinge principalmente mulheres acima de 65 anos de idade, deixando-as mais sensíveis a fraturas. A doença reduz a massa óssea, enfraquece os ossos, não apresenta dores e normalmente só é diagnosticada quando o indivíduo sofre algum tipo de fratura.

Atualizado em 03/05/2012 às 09:05, por Ana Maria.

Caracterizada pela descalcificação e enfraquecimento dos ossos, a osteoporose surge de forma lenta e gradual e atinge principalmente mulheres acima de 65 anos de idade, deixando-as mais sensíveis a fraturas. A doença reduz a massa óssea, enfraquece os ossos, não apresenta dores e normalmente só é diagnosticada quando o indivíduo sofre algum tipo de fratura.

A nutricionista Sheila Silva Castro, do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André, alerta que, por ser uma doença “silenciosa”, é preciso conhecê-la para investir na prevenção do problema.

Mulheres a partir dos 65 anos são mais atingidas porque durante a menopausa o estrogênio (hormônio feminino), essencial na absorção do cálcio, diminui e faz com que a perda óssea seja intensificada e os ossos percam boa quantidade de sais minerais. As principais consequências dessa deficiência são as fraturas dos ossos que ficam porosos, frágeis e quebradiços.

Segundo a nutricionista, os cuidados precisam ter início muito cedo com uma alimentação balanceada na fase de crescimento. “Os pais possuem papel fundamental, pois é durante o crescimento que ocorre a formação óssea. Os cuidados na infância e adolescência são ideais para que na fase adulta a pessoa tenha maior resistência às perdas ósseas naturais do organismo”, diz a especialista.

Nutrientes necessários

O nutriente que previne a osteoporose é o cálcio, que também ajuda no processo de coagulação sanguínea, contração e relaxamento muscular. Pode ser encontrado no leite, iogurtes, queijos, flocos de cereais, feijão branco, miúdos, aveia, vegetais de folhas verde escuras, sardinha, salmão e soja.

A necessidade de cálcio para crianças de seis a dez anos, adolescentes, idosos, mulheres grávidas ou amamentando é de aproximadamente 1.300 mg diariamente. Um copo de leite possui aproximadamente 250 mg.

Alguns medicamentos, alimentação excessiva em fibras e em proteínas podem prejudicar a absorção do cálcio. Já quantidades extremas de cálcio na dieta podem favorecer a formação de cálculos renais além de prejudicarem a absorção de ferro. O ideal é que exista um balanceamento dos nutrientes.

Alimentação, exercícios e Sol

A perda de cálcio pode ocorrer por diversos motivos como ansiedade, depressão, estresse, falta de exercício, diarreia, disfunção na tireoide, excessos de proteína, gordura, sal, açúcar, ingestão habitual de álcool e cafeína, uso de antiácidos, laxativos, diuréticos, aspirina e cortisona.

Algumas dicas podem ajudar no tratamento e prevenção da doença, como consumir uma colher de sopa de gergelim torrado duas vezes ao dia, não ingerir café ou chá junto com refeições que contenham alimentos ricos em cálcio, evitar o consumo excessivo de café, álcool, refrigerante, chás, chimarrão (comum na cultura sulista), dar preferência a alimentos à base de soja, praticar exercícios regularmente, tomar sol diariamente, no mínimo 15 minutos, para que ocorra a síntese de vitamina D, nunca tomar suplemento de cálcio sem orientação médica ou de uma nutricionista.

Os exercícios físicos ajudam a conservar a densidade óssea e pessoas de 50 a 70 anos que se exercitam têm 30% mais densidade óssea que as sedentárias.

* Publicado originalmente no site O que eu tenho.


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