Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou nesta terça feira, 29 de novembro dados informando que a Amazônia perdeu 385,5 quilômetros quadrados (km²) de florestas no mês de outubro, uma pequena redução para o mesmo período do ano passado em que foram registradas 388 km² de desmatamento. A área é 52% maior que a registrada em setembro, quando os satélites identificaram 253,8 km² de novos desflorestamentos.
Rondônia foi o estado que mais desmatou em outubro, com 128,5 km² de floresta a menos, seguido pelo Pará, com 119 km² de derrubadas. Mato Grosso aparece em seguida, com 98 km² de novas áreas derrubadas, e o Amazonas, com 18 km². Em Roraima, o Inpe identificou 8 km² de derrubadas em outubro, no Maranhão, 6,53 km², no Acre, 4,32 km². Tocantins e Amapá registraram 0,8 km² e 0,65 km² de novos desmatamentos, respectivamente
De acordo com o Inpe, 17% da região estava encoberta por nuvens em outubro, que impediram a visualização de algumas áreas.
Um levantamento realizado pelo sistema de detecção do desmatamento em tempo real (Deter) em que são revelados dados mensais, resgistros de degradação progressiva da floresta, monitoramento de áreas maiores de 25 hectares, orientarientações de fiscalização ambiental e o corte caso (desmatamento total). Mostrou que em outubro deste ano uma área de 385,56 km² de floresta foi derrubada, equivalente a 240 vezes o tamanho do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Em setembro, perdeu-se 253,8 km² de floresta.
A taxa anual de desmate é calculada por outro sistema, o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), que é mais preciso, por avaliar áreas menores. Em 2010, a taxa anual foi 7 mil km². A nova estimativa de desmatamento anual, com dados para o período entre agosto de 2010 e julho de 2011, deve ser divulgada nas próximas semanas.
De janeiro a outubro deste ano, a floresta amazônica perdeu uma área de 2.221 km² de floresta, quase duas vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro.
*publicado originalmente no site EcoD.