
O anúncio de um país garantindo que vai investir US$ 109 bilhões em fontes alternativas já seria o suficiente para chamar a atenção de qualquer um. Mas a notícia fica ainda mais surpreendente quando essa nação é a Arábia Saudita, a maior exportadora de petróleo do planeta.
O governo saudita apresentou nesta semana novos detalhes do plano para diversificar a sua matriz energética, extremamente dependente de fontes fósseis. A intenção é de que em 2032, um terço da matriz, ou 54GW, seja composto por renováveis, em especial solar e eólica.
O primeiro passo nessa direção foi a liberação do processo licitatório para 7GW divididos entre projetos eólicos, de concentração solar, fotovoltaicos e geotermais. O governo espera que 5,1GW em capacidade instalada estejam prontos nos próximos cinco anos.
O programa também é voltado para a criação de empregos, por isso as empresas envolvidas deverão oferecer treinamento à população saudita assim como investir no desenvolvimento de tecnologias nacionais.
A decisão da Arábia Saudita foi bem recebida por diversos setores, incluindo entidades ambientais.
“É definitivamente um bom exemplo que a Arábia Saudita esteja estabelecendo metas de energia renovável mais ambiciosas do que a maioria dos países. A energia solar deve ser particularmente eficiente, já que se existe uma coisa que os sauditas têm em mais quantidade do que petróleo, essa coisa é a luz solar”, afirmou Michael Graham Richard, da ONG Treehugger.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.