Atlas Brasil 2013: Políticas públicas devem abordar desigualdade e pobreza
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As novas políticas brasileiras de desenvolvimento público devem abordar tanto as desigualdades entre as pessoas e regiões quanto o problema da pobreza e pobreza extrema, afirmou o secretário adjunto de Relações Internacionais e Federativas da Prefeitura de São Paulo, Vicente Trevas, o quarto entrevistado da série “Atlas Brasil 2013 – Desenvolvimento Humano em debate”, promovida pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
A série de vídeos foi gravada para o “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013”, um site de consulta ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e a mais de 200 indicadores socioeconômicos dos estados e municípios brasileiros. A plataforma possui dados dos censos demográficos de 2010, 2000 e 1991, além de informações dos 5.565 municípios brasileiros.
Trevas acredita que o problema das desigualdades sociais e regionais é uma questão estruturante da História do Brasil e que os indicadores socioeconômicos são ferramentas importantes para resolver esse problema.
“Um grande risco da gestão pública é tratar igualmente os desiguais”, disse. “A partir desses indicadores de saúde, educação, renda e vulnerabilidade eu posso construir uma tipologia dos municípios. Por exemplo, os municípios de maior vulnerabilidade social (…); para esses municípios, o governo federal, o governo dos estados e os próprios municípios vão tentar construir programas, ações adequadas a essa condição”, completou.
O acesso aos dados socioeconômicos é uma forma de fortalecer a participação popular na gestão das cidades, afirma o secretário, que defende que o conhecimento da realidade em números é uma ferramenta “para transformar a reivindicação em política pública”.
Acesse a entrevista na íntegra.
As entrevistas para a série “Atlas Brasil 2013 – Desenvolvimento Humano em debate” possuem temas variados que englobam cidadania, transparência política, gestão pública e indicadores municipais.
Elas foram gravadas com representantes de governos estaduais e municipais, de organizações não governamentais, do setor privado e da academia para demonstrar como os indicadores de desenvolvimento humano podem colaborar para fortalecer a sociedade, orientar que caminhos tomar e provocar reflexões sobre os rumos do desenvolvimento humano no país.
Para saber o que o assessor da Secretaria-Geral do Estado de Minas Gerais, Antônio Claret, falou sobre a importância dos indicadores para a construção de políticas públicas, clique aqui. Para ver o que o jornalista e consultor de mídias sociais Pedro Markun disse sobre tecnologia, transparência e acesso à informação, clique aqui. Para assistir à entrevista com o economista Ladislau Dowbor sobre como o acesso à informação estimula a participação social nas políticas públicas, clique aqui.
* Publicado originalmente no site ONU Brasil.




