Cem lanchas sociais serão construídas e entregues a populações ribeirinhas das regiões Norte e Centro-Oeste do país nos próximos meses. A iniciativa, divulgada na segunda-feira, 9 de julho, pela ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e o comandante da Marinha, Julio Soares de Moura Neto, busca universalizar o serviço de assistência social, alcançando populações que têm dificuldades de deslocamento.
A parceria visa ainda implementar o Projeto Conceitual e Especificação de Aquisição de Barcos Sociais. Com isso, as populações ribeirinhas terão mais facilidade de acesso aos serviços sociais prestados pelos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), pois os barcos e as lanchas funcionarão como centros itinerantes.
Segundo Tereza Campello, a cooperação com a Marinha não é importante apenas por causa da produção dos equipamentos, mas também porque “quem chega a uma parcela grande da população brasileira é a Marinha”.
As lanchas sociais, que podem transportar dez profissionais de assistência social, são operadas por dois tripulantes e levam estes profissionais até as populações necessitadas. Os barcos sociais têm mais capacidade: acomodam 12 assistentes, além de uma tripulação de nove pessoas. E, por serem maiores, têm autonomia para realizar as atividades dos centros.
Para o almirante Julio Soares, esse tipo de parceria faz parte do papel social da Marinha. Segundo ele, as lanchas serão entregues à medida que os recursos forem recebidos: “No primeiro mês, vamos entregar cinco lanchas; no segundo mês, mais cinco; nos meses seguintes, dez, dez e dez lanchas; depois 15, 15 e 15 lanchas, até chegarmos a 100.”
Ele estima que as 100 lanchas sejam entregues ao Ministério do Desenvolvimento Social dentro de nove meses. Para a construção das lanchas e o projeto dos barcos sociais, a Marinha e o Ministério do Desenvolvimento Social dispõem de R$ 23 milhões.
As lanchas serão construídas na Base Naval de Val-de-Cães, em Belém, no Pará. A ordem em que as comunidades serão atendidas, assim como o número de barcos a serem construídos, será determinada por meio de estudos realizados pela Marinha. O termo de cooperação técnica tem vigor até dezembro de 2014, mas pode ser prorrogado por meio de termo aditivo.
* Com informações da Agência Brasil.
** Publicado originalmente no site EcoD.