Segundo Pesquisa de Saúde dos Escolares, feita pelo Ministério da Saúde em parceria com o Ministério da Educação, 71,4% dos adolescentes de 13 a 15 anos já experimentaram bebida alcoólica alguma vez na vida. A diretora do Departamento de Análise de Situação de Saúde do Ministério da Saúde, Deborah Malta, lembra que o álcool é nocivo para os adolescentes porque gera riscos de violência, gravidez indesejada, sexo sem uso do preservativo, envolvimento em acidentes de trânsito, além do risco de dependência.
“O uso crônico pode levar a outros prejuízos no desenvolvimento do sistema nervoso. Podem haver problemas neurológicos que podem afetar a capacidade de decisão, de afirmação e até mesmo fixar esse hábito para vida adulta com consumo crônico do álcool”, explica Deborah.
O jornalista Nilson Ramos viveu de perto os problemas causados pelo consumo excessivo da bebida alcoólica. A mãe e dois irmãos de Nilson tiveram problemas com álcool. Para dar bons exemplos, Nilson, que é pai de um menino de 14 e uma menina de 21 anos, diz que nunca teve bebida alcoólica em casa. “O filho vê o pai como um super herói, como exemplo. Se eu colocar um gole inteiro na boca, meu filho vai achar que isso é bonito, vai fazer também. Então, para evitar isso, eu cortei, bebida nunca na minha vida para que meus filhos também não façam uso.”
A diretora do Ministério da Saúde, Deborah Malta, lembra que a família e os professores têm papel fundamental para mostrar o mal que a bebida alcóolica faz. A pesquisa mostrou ainda que pais que fazem as refeições junto com os filhos também os protegem dos vícios, pois é uma forma das duas partes terem diálogo. Segundo a pesquisa, esses adolescentes bebem e fumam menos.
* Publicado originalmente no site Blog da Saúde.