Residências com alto nível de renda familiar são responsáveis por mais estragos nas florestas do que as de baixa renda, segundo resultados preliminares de um estudo chamado Poverty and Environment Network (PEN), conduzido pelo Centro Internacional de Pesquisa Florestal (CIFOR).
O estudo revelou que apesar de cada residência acabar com uma média de 1,3 hectares de floresta anualmente, há uma forte tendência de aumento no desmatamento em áreas mais ricas.
Nos últimos oito anos, o estudo reuniu e analisou dados de mais de 8 mil lares rurais ao redor do mundo. As taxas de desmatamento se mostraram consideravelmente mais altas na América Latina, que abriga a maioria das residências com padrão alto pesquisadas.
“Estamos tentando observar o desmatamento com relação a ocupação residêncial. Ele é motivado pela pobreza ou por setores com melhor poder aquisitivo? Serão as pessoas sem terra as que mais prejudicam as florestas ou serão as que tem melhores condições de vida?”, explicou Ronnie Babigumira, do CIFOR.
O estudo ainda não é conclusivo, porém Babigumira afirma que já é possivel perceber que os 20% mais ricos desmantam até 30% a mais do que os 20% mais pobres.
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* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.