País pretende, entre outras medidas, gerar incentivos para energias renováveis e para tecnologias de conservação de energia
Seguindo a tendência de diversas nações, a maior emissora mundial de gases do efeito estufa (GEEs) deve criar um mecanismo para a mitigação das emissões de CO2. No último domingo, Xie Zhenhua, vice-ministro da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC) da China, anunciou que o país lançará um esquema-piloto de comércio de carbono para atingir as metas de redução e combater as mudanças climáticas.
De acordo com Xie, que se encontrava no Eco-Fórum Global (EFG) 2011, além da criação do esquema, o país também pretende “frear o crescimento das indústrias intensas em energia”, estabelecendo diferenciais nos preços de energia e impostos punitivos de eletricidade, gerando incentivos para energias renováveis e para tecnologias de conservação de energia, registrando produtos de baixo carbono, entre outras medidas.
Embora detalhes especificando a implementação e o funcionamento do sistema não tenham sido divulgados, especialistas acreditam que esquema deve seguir o modelo mais comum, que estabelece limites de emissão para os participantes, e os que ultrapassam esses limiares compram permissões dos que estão dentro da meta de emissões.
Em abril, a NDRC já havia revelado que o país pretendia desenvolver esquemas de comércio de carbono pilotos em seis regiões da China até 2013, e expandi-los para um esquema nacional até 2015.
No EFG, realizado na província de Guizhou, outras autoridades se pronunciaram sobre o projeto de comércio de carbono e sobre planos para desenvolver a economia através da preservação dos recursos naturais. “Uma industrialização mais avançada será bem bem-vinda para explorar racionalmente os recursos e para impulsionar a economia”, declarou Zhao Kezhi, governador da província de Guizhou.
Já Ban Ki Moon, Secretário-Geral da ONU, defendeu que para resolver questões como a segurança alimentar e nutricional, a utilização dos recursos hídricos, a preservação da biodiversidade, a degradação da terra e as mudanças climáticas, deve haver mais cooperação entre governos, empresas, sociedade civil e ciência. “Para enfrentar essas crises, nós precisamos trabalhar juntos”, sustentou.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.