Tornar uma cidade sustentável demanda evitar ao máximo o desperdício de recursos naturais, o respeito ao meio ambiente e a gestão do uso do solo. Da maneira que as cidades estão crescendo, muitas vezes questões importantes são deixadas de lado em busca do progresso, que não deve ocorrer sem planejamento. O painel “Mobilidade, Acessibilidade e Desenvolvimento Urbano”, ocorrido na tarde desta quarta-feira (15) no seminário “Cidades em Movimento”, evento organizado pela Sobratema e pelo WRI Brasil Cidades Sustentáveis, debateu esses e outros assuntos. “Vivemos um momento muito singular para as cidades e para a transformação dos cenários urbanos. A nova agenda urbana está sendo formada e o momento hoje é de pensar sobre os desafios que enfrentamos”, afirmou o professor do Curso de Engenharia da Universidade de São Paulo, Miguel Bucalem, que mediou o debate. A segunda mesa-redonda do dia foi composta ainda pelo Secretário Executivo da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Gilberto Perre, pelo Especialista em Mobilidade Urbana do WRI Brasil Cidades Sustentáveis, Guilhermo Petzhold, pela arquiteta e representante da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED) na Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA), Silvana Cambiaghi, e pelo Presidente do Sindicato da Arquitetura e da Engenharia (SINAENCO), José Roberto Bernasconi. “Uma cidade inteligente só é possível se formada por pessoas inteligentes, civilizadas. A melhor tecnologia, o melhor software, o melhor hardware não servirão de nada sem o ‘humanware’, que é o lado humano, a interação das pessoas”, exaltou o Presidente do SINAENCO. “Para ter cidades inteligentes precisamos envolver cada vez mais a população. Temos projetos que consomem muitos investimentos, mas nem sempre são pensados para as necessidades da população. Isso não pode mais acontecer. A infraestrutura precisa ser pensada conforme todas as variáveis das cidades”, lembrou Perre. “Precisamos começar a pensar”, concordou Bernasconi. “Planejar quer dizer pensar antes. Nós não fazemos isso no Brasil, infelizmente. Dois milésimos do que custa um projeto custa um estudo preliminar técnico. Ou então podemos ainda ouvir a sociedade para saber o que é prioritário nas cidades para elencarmos as necessidades”. (#Envolverde)
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