Cuidar genuinamente da humanidade é a única saída para convivermos em Paz
Uma foto circulou ontem pelo Facebook com jovens, todos de bruços, deitados no chão da Garissa University College, no Quênia, onde foram covardemente assassinados por fundamentalistas com a suspeita de serem cristãos.
Uma foto circulou ontem pelo Facebook com jovens, todos de bruços, deitados no chão da Garissa University College, no Quênia, onde foram covardemente assassinados por fundamentalistas com a suspeita de serem cristãos.
Mais de 150 pessoas morreram neste ataque cometido por terroristas mascarados da al-Shabaah, num ato que envergonha a humanidade ou aquilo que a sociedade se transformou nesses séculos de involução no que diz respeito a aceitar e conviver com as diversidades, e entender que as diferenças deveriam aprimorar as nossas convivências e não nos destruir.
Na universidade, um território dedicado à construção do saber e do conhecimento, cristãos e muçulmanos conviviam bem, porque naquele espaço as crenças individuais não eram discriminadas. Esse mesmo respeito também deveria existir para o resto do país e para o mundo.
Não é de hoje que as religiões, muitas vezes, funcionaram para impor poder e dizimar aqueles que pensavam ou exercitavam outra fé. Mas o pior disso é que estamos habituados a esse tipo de atrocidade. Agimos como se fizesse parte do “pacote” e do preço que pagamos para que uma pequena parcela do contingente populacional tenha condições de desfrutar de todos os benefícios de consumo gerados pelo sistema capitalista e extremamente desigual.
Em poucos dias a tragédia Queniana será notícia velha. Enquanto isso os chefes de estado de todas as nações, os líderes religiosos, os organismos multilaterais, os detentores do poder econômico e tantas outras pessoas influentes estarão olhando para os seus quintais e para os seus próprios interesses, não se dando conta de que cuidar genuinamente da humanidade é a única saída para convivermos em Paz. Por aqui, fico. Até a próxima. (#Envolverde)
* Leno F. Silva escreve semanalmente para Envolverde. É sócio-diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. É diretor do IBD – Instituto Brasileiro da Diversidade, membro-fundador da Abraps – Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade, e da Kultafro – rede de empreendedores, artistas e produtores de cultura negra. Foi diretor executivo de sustentabilidade da ANEFAC – Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Editou 60 Impressões da Terça, 2003, Editora Porto Calendário e 93 Impressões da Terça, 2005, Editora Peirópolis, livros de crônicas.




