Há motivos de sobra para preocupação, segundo indicam dois estudos internacionais publicados esta semana sobre o degelo nos dois pólos. Enquanto na Antártida o ritmo do derretimento no verão é 10 vezes mais rápido do que há seis séculos, segundo um estudo publicado na revista Nature Geoscience, daqui a menos de sete anos o Ártico poderá estar completamente sem gelo durante a estação mais quente do ano. A conclusão é de uma pesquisa divulgada na segunda-feira (15) no periódico Geophysical Research Letters. James Overland e Muyin Wang, cientistas da agência estadunidense National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), usaram três abordagens diferentes para prever o derretimento completo do gelo no Ártico, por meio da extrapolação de dados de volume de gelo do mar e as projeções de modelos climáticos. Independentemente do modelo utilizado, a evidência sugere que o gelo marinho no verão pode desaparecer dentro de algumas décadas. Mais pessimista, o primeiro modelo indica que o gelo do mar pode desaparecer até 2020, antecipando em algumas décadas o degelo exposto no último modelo, datado na década de 2040. (Envolverde)