Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, 26/10/20154 – Os comentários do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sobre o grande mufti palestino, Haj Amin Al Hussaini, ter sugerido a Adolf Hitler, nos anos 1940, que queimasse os judeus é uma “distorção” dos fatos e uma “tentativa desesperada de mudar o foco sobre o sofrimento da população palestina”, afirmou o jornal emiratense The Gulf News.
“Seus comentários merecem ser criticados, mas a verdade é que Netanyahu conseguiu desviar a atenção das transgressões israelenses, pois seu governo continua impondo aos palestinos restrições sem precedentes para ter acesso à Esplanada das Mesquitas, o terceiro local sagrado do Islã”, disse o jornal.
Segundo o The Gulf News, “a atual onda de violência entre palestinos e israelenses é apenas um sintoma de uma doença maior, que é a ocupação israelense e a pretendida judaização da parte ocupada de Jerusalém”. Em seus comentários, Netanyahu “distorceu os fatos históricos” e “caiu mais baixo do que nunca em sua tentativa desesperada de responsabilizar os palestinos pelo Holocausto, destacou o diário.
“A absurda acusação” foi categoricamente refutada por historiadores de todo o mundo e até historiadores israelenses criticaram os comentários do chefe de Estado israelense, prosseguiu o The Gulf News. Esses comentários “romperam a internet” porque as pessoas passaram a ridicularizar seu indigno argumento, ressaltou o jornal. Envolverde/IPS