Dados do Censo Demográfico 2010, divulgados em 29 de junho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que os brancos continuam ganhando e estudando mais que os negros (pretos e pardos) no Brasil.
De acordo com o levantamento, essa realidade é ainda mais acentuada na região Sudeste, onde os rendimentos recebidos pelos brancos correspondem ao dobro dos pagos aos pretos. A menor diferença foi observada na região Sul, onde a população branca ganha 70% mais que a negra.
Segundo Jefferson Mariano, analista socioeconômico do IBGE, esses indicadores pouco mudaram com o passar dos anos. “Nós até observamos uma redução da desigualdade nesse aspecto, mas a queda é muito tímida”, diz.
O levantamento ainda constatou uma maior proporção das pessoas que se autodeclararam brancas entre os grupos de segurados da Previdência Social, bem como entre os empregadores (3% entre os brancos contra 0,6% entre os pretos e 0,9% entre os pardos).
Ensino superior
O Censo 2010 mostra que os brancos também dominam o ensino superior no país: do grupo de brasileiros com idade entre 15 e 24 anos que, em 2010, estavam inscritos em curso de graduação, 31,1% eram brancos, 13,4% eram pardos e 12,8% eram pretos.
A pesquisa ainda observou diferenças relevantes na taxa de analfabetismo entre as categorias de cor e raça. Enquanto para o total da população a taxa de analfabetismo é de 9,6%, entre os brancos esse índice cai para 5,9%. Já entre pardos e pretos a taxa sobe para 13% e 14,4%, respectivamente.
* Publicado originalmente no portal Todos pela Educação e retirado do site Mercado Ético.