O aumento do desmatamento, sobretudo em Mato Grosso, detectado pela análise de imagens de satélite do Imazon e do INPE representa um grave retrocesso.
É claro que os sinais de que o código florestal e consequentemente as políticas contra o desmatamento e de preservação de APPs serão relaxadas, têm influência nesse recrudescimento da ação ilegal. Houve também reversão na postura do governo do estado, que chegou a ensaiar uma política de controle do desmatamento. Fiscais do Ibama constataram o retorno do correntão. O uso dessa modalidade de desmatamento violento e em larga escala reverte um padrão que vinha sendo observado pelos dois institutos que monitoram o desmatamento usando imagens de satélite de redução da escala do desmatamento. Nos últimos poucos anos, o desmatamento havia passado a ser feito em áreas menores.
É uma grave situação, à qual o governo federal tem que responder com rigor, se não quiser perder controle do desmatamento de uma vez. A primeira providência é claramente enterrar o relatório Aldo Rebelo que até pelo que simboliza virou uma espécie de passe para o desmatamento.
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** publicado originalmente no site Ecopolítica.