Diante às discussões durante o último encontro dos países integrantes do G8, realizado na França semana passada, diplomatas europeus expressaram seu descontentamento com o posicionamento de grandes países quanto à elaboração de um novo tratado internacional para lidar com as mudanças do clima.
Segundo reportagens da imprensa internacional, o presidente norte-americano Barack Obama disse durante um jantar do G8 que os Estados Unidos não assinará uma possível atualização do Protocolo de Quioto, defendida pela União Européia e países em desenvolvimento.
Canadá, Rússia e Japão, que ratificaram o Protocolo de Quioto, também disseram que não assinarão um novo período de compromisso reformulado se os norte-americanos e as principais econômicas emergentes, como China, não fizerem parte.
O Protocolo de Quioto foi assinado em 1997, com a participação de quase todos os maiores emissores mundiais de gases do efeito estufa, exceto os Estados Unidos. Sob o tratado, os países desenvolvidos têm que cortar suas emissões em uma média de 5,2% até o final de 2012 (com base nos níveis de 1990), podendo se utilizar de ferramentas como o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo e a Implementação Conjunta que geram créditos de compensação de emissões através de projetos em países em desenvolvimento e emergentes.
A China abriga a maioria esmagadora dos projetos desenvolvidos sob o MDL e deseja continuar desta forma, se recusando de todas as formas a se comprometer com metas formais a nível internacional sob um novo acordo climático.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.