México: Protestos contra milho transgênico

Argentina: Alerta por árvores na Avenida 9 de Julho

Brasil: Monocultura florestal ameaça biodiversidade

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MÉXICO

Protestos contra milho transgênico

Cidade de México, 1º de abril de 2013 (Terramérica).- Organizações da sociedade civil apresentaram no final do mês passado uma queixa junto à Comissão Nacional dos Direitos Humanos contra o presidente Enrique Peña Nieto e membros de seu gabinete, pela eventual autorização para plantar comercialmente milho geneticamente modificado.

“Com as autorizações comerciais de milho transgênico estaremos enriquecendo duas ou três empresas em troca de colocar em perigo nossa saúde, cultura e culinária”, disse ao Terramérica a ativista Lorena Velazco, assessora legal da Convergência de Organismos Civis pela Democracia, uma das entidades denunciantes.

Em setembro, as multinacionais Monsanto, Pioneer e Dow Agrosciences apresentaram seis pedidos para plantar comercialmente milho geneticamente modificado. Envolverde/Terramérica

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ARGENTINA

Alerta por árvores na Avenida 9 de Julho

Buenos Aires 1º de abril de 2103 (Terramérica).- A Faculdade de Agronomia da Universidade de Buenos Aires questionou a mudança de centenas de árvores da famosa Avenida 9 de Julho da capital argentina para uma nova via.

“Do ponto de vista técnico, o procedimento não é adequado. Não atende os requisitos para garantir um bom transplante das árvores”, disse ao Terramérica o professor Héctor Svartz.

A Cidade Autônoma de Buenos Aires desenvolve um sistema de trilhos para um metrobus na Avenida 9 de Julho no centro da capital, e para isso determinou a mudança de 277 árvores e a retirada de 28, em um total de 1.440.

Diante de um recurso de amparo, a justiça mandou parar as obras e depois as liberou com a condição de ser mantido o espaço verde e acreditando na idoneidade dos técnicos que realizam as mudanças.

A universidade alertou que “só se conseguirá conservar uma população de árvores debilitadas, com apodrecimento mais que provável e defeitos generalizados que poderiam ser evitados. Envolverde/Terramérica

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BRASIL

Monocultura florestal ameaça biodiversidade

Rio de Janeiro, 1º de abril de 2013 (Terramérica).- O plantio de eucalipto e pinheiro pela indústria de papel e celulose ameaça a diversidade do Pampa, uma vasta planície fértil que ocupa o sul do país, leste da Argentina e quase todo o território do Uruguai.

Quase um quarto dessa planície brasileira foi coberta pelo reflorestamento nos últimos cinco anos, segundo estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O Pampa brasileiro, considerado, até 2004, parte da Floresta Atlântica que cobre longas e largas áreas costeiras, ocupavam 63% do Rio Grande do Sul. Agora, subsiste apenas 36% de seu território.

“Por ser um bioma de vegetação pastoril, as pessoas pensam que tem pouca biodiversidade, mas identificamos mais de duas mil espécies de plantas ali. É muito para uma área de 176 mil quilômetros quadrados. No Cerrado são sete mil espécies em três milhões de quilômetros quadrados”, disse ao Terramérica Ilsi Boldrini, coordenadora do estudo. Envolverde/Terramérica

Artigo produzido para o Terramérica, projeto de comunicação apoiado pelo Banco Mundial Latin America and Caribbean, realizado pela Inter Press Service (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde.