Brasil: Vegetação nordestina mais eficiente diante do efeito estufa
Honduras: Painel sobre técnicas para detectar terrenos instáveis
Argentina: Campo de vulcões candidato a Patrimônio Mundial
México: Ativistas reprovam lei ambiental
**************************************
BRASIL – Vegetação nordestina mais eficiente diante do efeito estufa
Rio de Janeiro, 13 de maio de 2013 (Terramérica).- A Caatinga, bioma do Nordeste semiárido do Brasil, é mais eficiente na captura de gás carbônico da atmosfera do que as florestas tropicais, como as Amazônica e Atlântica.
Comprovar essa hipótese é o objetivo de um estudo do Instituto Nacional do Semiárido (Insa), vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Pesquisadores farão medições em estações meteorológicas até 2015 em busca de resultados com os quais pretendem estimular a conservação da Caatinga, bioma gravemente ameaçado pela mudança climática.
“As florestas tropicais sequestram muito carbono, mas também emitem bastante em processos como a degradação das folhas caídas”, disse ao Terramérica o físico Bergson Bezerra, pesquisador do Insa.
“A Caatinga não sequestra tanto, mas tampouco emite, por isso acreditamos que seja mais eficiente. Já estamos fazendo observações há três meses, e constatamos que, mesmo em períodos de seca, absorve carbono”, acrescentou Bezerra. Envolverde/Terramérica
**************************************
HONDURAS – Painel sobre técnicas para detectar terrenos instáveis
Tegucigalpa, 13 de maio de 2013 (Terramérica).- Especialistas da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) realizaram em Honduras um painel para estudantes de engenharia de universidades estatais e privadas sobre como detectar áreas de deslizamento de terra e classificá-las segundo o risco.
A capacitação esteve a cargo do especialista Go Sato, que deu cursos sobre uso de fotografias aéreas utilizando o estereoscópio, bem como a localização de terrenos instáveis.
O catedrático Aníbal Godoy, do Instituto de Geociências de Honduras, disse ao Terramérica que esta formação e os conhecimentos permitirão aos novos profissionais melhor manejo do risco e do campo da geologia, “no qual a experiência é pouca”.
Honduras é um dos três países mais vulneráveis do mundo, exposto a eventos extremos, produto da mudança climática, e à fragilidade deixada pelo furacão e posterior tempestade tropical Mitch, há 15 anos. Envolverde/Terramérica
**************************************
ARGENTINA – Campo de vulcões candidato a Patrimônio Mundial
Buenos Aires, 13 de maio de 2013 (Terramérica).- Uma região de duas reservas com cerca de 800 vulcões, situada na província de Mendoza, será apresentada pela Argentina em 2014 à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como candidata a Patrimônio Mundial da Humanidade.
Trata-se das reservas de La Payunia e Llancanelo, que ocupam uma área de 800 mil hectares com a maior densidade de vulcões do mundo, segundo seus defensores.
Cristian Alcalá, secretário de Meio Ambiente, Obras e Serviços Públicos de Malargüe, a localidade de Mendoza que apresentou a candidatura, explicou ao Terramérica que “é uma paisagem única em nível cênico por sua diversidade vulcânica”.
A Argentina já tem oito locais declarados Patrimônio Mundial e a iniciativa de elevar a essa categoria estas reservas foi aprovada pela Comissão Nacional Argentina de Cooperação com a Unesco. Envolverde/Terramérica
**************************************
MÉXICO – Ativistas reprovam lei ambiental
Cidade do México, 13 de maio de 2013 (Terramérica).- A nova Lei Federal de Responsabilidade Ambiental prejudica os cidadãos e as comunidades em sua consecução de reparação do dano ao proteger os interesses das empresas, segundo denúncia de organizações não governamentais do México.
“O governo favorece uma lei que está longe de permitir que as comunidades obtenham reparação do dano, e possibilita contaminar e reduzir a sanção econômica se o estabelecimento contar com autorização para suas atividades”, disse ao Terramérica a diretora da não governamental Fronteiras Comuns, Marisa Jacott.
O Poder Executivo tem até 1º de setembro para publicar a lei aprovada em abril para que, assim, entre em vigor.
A Fronteiras Comuns, o capítulo mexicano do Greenpeace, mais o Centro de Direitos Humanos Fray Francisco de Vitória e Coletivas exortaram o governo a não publicá-la para que volte a ser debatida no parlamento.
A lei requer a comprovação do dano, o estado base do ecossistema antes do prejuízo e a ligação entre ambos. Envolverde/Terramérica
Artigo produzido para o Terramérica, projeto de comunicação apoiado pelo Banco Mundial Latin America and Caribbean, realizado pela Inter Press Service (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde.