Honduras: Escritório vai administrar fundos climáticos
Venezuela: Diminuem os páramos
Brasil: Consumidores menos preocupados com o meio ambiente

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HONDURAS – Escritório vai administrar fundos climáticos

Tegucigalpa, 20 de junho de 2011 (Terramérica).- O governo de Honduras criou uma unidade especial para assegurar a transparência no uso de créditos e doações contra a mudança climática, a pedido de organismos financeiros internacionais.

O ministro das Finanças, William Chong Wong, disse ao Terramérica que a Unidade de Gestão Econômica e Financeira para a Mudança Climática estará vinculada a essa pasta “para um manejo mais transparente e maior eficiência na canalização de recursos”.

Honduras, um dos países mais vulneráveis aos efeitos da mudança climática, pediu à cooperação internacional US$ 5,7 milhões em cinco anos para ações de adaptação e mitigação do aquecimento do clima.

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VENEZUELA – Diminuem os páramos

Caracas, 20 de junho de 2011 (Terramérica).- Os páramos andinos da Venezuela, situados entre três mil e 4.500 metros de altitude, estão em retrocesso e perda de sua flora e fauna, enquanto avançam sobre eles a agricultura, pastagens e demanda por água doce.

Os páramos venezuelanos, que ocupam cerca de 21.700 quilômetros quadrados, abrigam “64 espécies de frailejón (gênero Espeletia), uma planta que cresce à razão de um centímetro por ano e pode atingir vários metros, ou o colibri (família Trochilidae)”, destacou ao Terramérica o pesquisador Luis Llambi.

“Os solos são esponjas que armazenam água e conservam carbono para evitar sua liberação na atmosfera” e são um destino turístico muito solicitado, acrescentou Llambí, coordenador do Projeto Páramo Andino na Venezuela.

É necessário renovar os planos de manejo dos parques nacionais que incluem 121 locais de páramo do Sudoeste do país, acrescentou.

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BRASIL – Consumidores menos preocupados com o meio ambiente

Rio de Janeiro, 20 de junho de 2011 (Terramérica).- Apesar da crescente informação a respeito disponível, diminuiu nos últimos anos a disposição dos brasileiros para adotar hábitos de consumo conscientes, revelou uma pesquisa da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro.

Um estudo, realizado em 2007, mostrava que 65% dos entrevistados consideravam a preservação ambiental em seus atos de consumo. Em 2011, essa proporção caiu para 57%. Os que não consomem produtos orgânicos também diminuíram de 27% para 20% no mesmo período.

“Os produtos ecológicos são mais caros, a pesquisa mostra a relação entre poder de compra e consumo consciente. Nas classes A e B (as mais ricas), 39% consomem produtos ecologicamente corretos, nas classes C e D essa porcentagem cai para 25% e 19%, respectivamente”, disse ao Terramérica o superintendente de Economia e Pesquisa da Federação, João Carlos Gomes.

O governo precisa atuar com incentivos tributários para mudar essa situação, propôs.

Artigo produzido para o Terramérica, projeto de comunicação dos Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e para o Desenvolvimento (Pnud), realizado pela Inter Press Service (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde