Venezuela: Protesto contra refinaria
Honduras: Identificadas novas áreas de risco geológico
Brasil: Subprotudo de biodiesel também gera energia

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VENEZUELA – Protesto contra refinaria

Caracas, 18 de julho de 2011 (Terramérica).- Moradores de Las Piedras em Punto Fixo, sede de um complexo de refino de petróleo na península venezuelana de Paraguaná, saíram às ruas protestando contra a contaminação por coque e outros tóxicos que emanam da refinaria.

“Vivemos respirando o pó contaminado. Sempre há vazamentos na “salineta” (uma lagoa salgada que se forma diante do Golfo da Venezuela) e mau cheiro. Agora, o pó tóxico entra nos pulmões e está deixando doentes as crianças, com amidalite e bronquite”, disse ao Terramérica Joana Chirinos, uma das manifestantes.

As águas da pequena lagoa costumam absorver o pó que emana da refinaria, que processa centenas de milhares de barris diários do consórcio estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA). Entretanto, nas últimas semanas, a seca e os ventos reduziram seu nível hídrico e sua função captadora do pó.

A PDVSA informou que tentará encher a “salineta” com água do mar, depois que retirar dela 25 mil metros cúbicos de dejetos domésticos e petroleiros.

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HONDURAS – Identificadas novas áreas de risco geológico

Tegucigalpa, 18 de julho de 2011 (Terramérica).- Estudantes e geólogos da Costa Rica farão um mapeamento de novas áreas de risco de deslizamento e inundação na capital hondurenha.

O mapeamento que os especialistas farão durante três semanas inclui 14 zonas de alta vulnerabilidade, às quais se somam mais de uma centena de zonas de possível risco em Tegucigalpa, disse ao Terramérica Júlio Quiñonez, integrante do Comitê de Emergência Municipal.

O tipo de solo e sua vulnerabilidade a terremotos e chuvas excessivas são dois fatores que os especialistas avaliarão, com apoio de um programa de gestão de risco das Nações Unidas e da Universidade Nacional Autônoma de Honduras.

Com a detecção do grau de risco, as autoridades poderão executar planos de evacuação e mitigação de perigos, deixando de “ser surpreendidas por novos deslizamentos que não podemos manejar e nem reagir a tempo”, disse Júlio.

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BRASIL – Subprotudo de biodiesel também gera energia

Rio de Janeiro, 18 de julho de 2011 (Terramérica).- Resíduos da produção de biodiesel podem deixar de contaminar o meio ambiente e ser fonte de energia, afirma um estudo da Escola de Engenharia de São Carlos, vinculada à Universidade de São Paulo (USP).

O glicerol em sua forma pura é um álcool sem toxidade usado em várias indústrias. Entretanto, como subproduto das centrais de biodiesel acarreta impurezas cuja eliminação é muito cara. Por isto, é descartado, afetando o meio ambiente.

Para aproveitá-lo, colocado “em um reator com micro-organismos anaeróbicos, ou seja, que sobrevivem sem oxigênio e respiram por meio de processos como a fermentação”, explicou ao Terramérica o pesquisador responsável pelo projeto, Michael Viana.

“Esses organismos transformam o glicerol em gás metano, substância que pode gerar energia na própria indústria produtora de biodiesel”, acrescentou.

Artigo produzido para o Terramérica, projeto de comunicação dos Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e para o Desenvolvimento (Pnud), realizado pela Inter Press Service (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde.