Venezuela: Protesto contra mina de carvão
Brasil: Biogás substitui energia fóssil em siderurgia
Honduras: Enfraquece autoridade de controle florestal

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VENEZUELA – Protesto contra mina de carvão

Caracas, 26 de setembro de 2011 (Terramérica).- Centenas de moradores vizinhos da área de exploração de carvão Fila Maestra, 300 quilômetros a leste de Caracas, protestaram pelo impacto da mina, bloqueando vias que ligam a capital da Venezuela a locais turísticos do nordeste do Caribe.

“Estão acabando com aves silvestres, árvores e fontes de água para retirar um carvão que a Venezuela não precisa vender porque para isso tem bastante dinheiro com o petróleo”, disse ao Terramérica o agricultor Graciano Bermúdez, por telefone.

Da mina a céu aberto, a firma italiana Energy Coal extrai anualmente 250 mil toneladas de carvão betuminoso.

“Lamentamos os problemas para as pessoas que usam a estrada, mas elas compreendem que cuidamos de recursos como a camada de solo, da qual às vezes removem até 500 toneladas para obter apenas uma de carvão”, disse Emilio Guzmán, vereador do município de Manuel Bruzual, onde fica a mina.

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BRASIL – Biogás substitui energia fóssil em siderurgia

Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2011 (Terramérica).- O biogás pode substituir o gás natural e o carvão nas usinas siderúrgicas, reduzindo emissões contaminantes e resíduos, segundo uma técnica desenvolvida por professores da Universidade Federal de Minas Gerais e da Universidade Federal de Ouro Preto, ambas em Minas Gerais.

“O biogás é produzido naturalmente pela ação de bactérias anaeróbicas em substâncias orgânicas. As matérias-primas mais usadas são resíduos urbanos e fezes de animais”, explicou ao Terramérica Paulo Assis, um dos pesquisadores.

“Nossa proposta é usá-lo como combustível na produção de ferrro fundido e ferro-esponja, insumos usados na obtenção de aço, substituindo o gás natural e o carvão mineral e vegetal pulverizados, que são fontes não renováveis”, afirmou.

“No caso do gás natural, a situação chega a 100%, no carvão apenas 40%”, acrescentou o pesquisador. A tecnologia está em processo de patenteamento.

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HONDURAS – Enfraquece autoridade de controle florestal

Tegucigalpa, 26 de setembro de 2011 (Terramérica).- As funções do Instituto de Conservação Florestal de Honduras (ICF) são cada vez mais cumpridas pelas forças armadas, o que enfraquece a capacidade desse órgão estatal encarregado de proteger as selvas, afirmam ambientalistas.

O ICF é alvo de decretos legislativos que limitam suas funções e ainda de perda de recursos orçamentários, enquanto são criadas unidades especiais, com os batalhões militares verdes, à margem de sua competência, disse ao Terramérica o ativista Rigoberto Sandoval, da Fundação Democracia sem Fronteiras.

O ICF conta com orçamento anual de US$ 4 milhões para seu funcionamento administrativo, mas sem “maior margem de operações preventivas, porque essa função foi dada aos militares, e a lei florestal é clara em que isto não é sua competência”, disse Sandoval.

A Coalizão pelo Meio Ambiente, da qual faz parte sua organização, pensa em abrir um debate público para propor ao governo que não se desarme a instituição criada para proteger as florestas e controlar sua exploração.

Artigo produzido para o Terramérica, projeto de comunicação dos Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e para o Desenvolvimento (Pnud), realizado pela Inter Press Service (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde.