Brasil: Biodiesel prejudica a vida marinha
México: Proposta para adaptar transporte à mudança climática
Argentina: Bolsas para ativismo ambiental
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BRASIL – Biodiesel prejudica a vida marinha
Rio de Janeiro, 28 de novembro de 2011 (Terramérica).- O biodiesel, um agrocombustível parcialmente renovável, gera menos gases-estufa do que o diesel de petróleo, mas pode ter impactos negativos na vida marinha, alerta um estudo da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
A pesquisa expôs duas espécies de peixes, a tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) e o cascudo marrom (Pterygoplichthys anisitsi) ao biodiesel puro e a duas misturas com diesel, uma com 5% do agrocombustível (B5) e outra com 20% (B20), em prazos de dois a sete dias.
“Os efeitos do B20 foram menores do que os do diesel e o B5, mas mesmo o biodiesel puro ativa respostas biomecânicas”, disse ao Terramérica o responsável pelo projeto, Eduardo Alves de Almeida.
“O biodiesel também causa, e de modo mais agressivo, a oxidação das membranas celulares das guelras dos peixes e facilita a entrada de outras substâncias tóxicas”, acrescentou.
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MÉXICO – Proposta para adaptar transporte à mudança climática
Cidade do México, 28 de novembro de 2011 (Terramérica).- O México deve aplicar políticas de adaptação e mitigação da mudança climática no transporte, recomenda uma organização não governamental.
“Países como o México terão problemas de adaptação dentro de cerca de 20 anos. Se não se fizer algo para reduzir as emissões no transporte, este pode se converter na primeira fonte dos problemas”, disse ao Terramérica a gerente de Mudança Climática e Qualidade do Ar do não governamental Centro de Transporte Sustentável, Hilda Martínez.
Entre as medidas a implantar estão a redução de viagens, a mescla de meios de transporte e a introdução de tecnologias mais eficientes.
O Centro analisou os programas federais de destruição de veículos de passageiros e de carga, a otimização de estradas no Vale do México, local onde fica a Cidade do México, e o investimento em transporte público do Fundo Nacional de Infraestrutura.
O México emite anualmente cerca de 709 milhões de toneladas de dióxido de carbono, das quais 20% correspondem ao transporte.
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ARGENTINA – Bolsas para ativismo ambiental
Buenos Aires, 28 de novembro de 2011 (Terramérica).- A organização ecologista Greenpeace da Argentina convoca jovens para treinamento e para financiar uma campanha que os ajude a resolver problemas ambientais desatendidos em suas comunidades.
“É a terceira vez que lançamos esta convocação, que acontece apenas na Argentina. Oferecemos treinamento com os melhores especialistas e apoio financeiro”, explicou ao Terramérica o diretor-executivo da filial do Greenpeace, Martín Prieto.
A campanha “Greenpeace te Banca” selecionará, até 15 de dezembro, cinco jovens residentes no território argentino que apresentarem projetos sobre quatro temas relativos às províncias de Buenos Aires (centro-oeste), Chaco (nordeste), Rio Negro (sul) e San Luis (centro-oeste).
Os selecionados poderão integrar-se à nossa organização” ou estarão preparados “para enfrentar os problemas ambientais em sua comunidade, trabalhando em temas nos quais ninguém trabalha”, destacou Prieto.
Artigo produzido para o Terramérica, projeto de comunicação dos Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e para o Desenvolvimento (Pnud), realizado pela Inter Press Service (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde.