Honduras: Indígenas misquitos em sua primeira rodada de negociações

Argentina: Preocupação com as geleiras

Brasil: Etanol a partir da casca do eucalipto

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HONDURAS – Indígenas misquitos em sua primeira rodada de negociações

Tegucigalpa, 4 de março de 2013 (Terramérica).- Misquitos do departamento hondurenho Gracias a Dios participaram de sua primeira rodada de negociações com potenciais compradores de produtos desenvolvidos em cooperativas que se dedicam ao manejo sustentável da floresta.

As cooperativas agroflorestais de Mocorón, Auka, Rus Rus, Sirsitara e Rumdind do município de Puerto Lempira, na região atlântica hondurenha, mostraram a qualidade da madeira que produzem e o manejo adequado da floresta misquita, principal região verde de Honduras, nas margens do Oceano Atlântico.

O encontro foi para identificar a demanda, mostrar a qualidade do produto, fortalecer os processos de desenvolvimento local na região para gerar emprego e continuar com as políticas de conservação, explicou ao Terramérica o presidente da organização misquita Masta, Norvin Goof.

Foram apresentadas madeiras de cedro, mogno, loureiro e pinheiro, entre outras, e os compradores começaram a negociar preços para fechar contratos no curto prazo. Envolverde/Terramérica

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ARGENTINA – Preocupação com as geleiras

Buenos Aires, 4 de março de 2013 (Terramérica).- Organizações ambientalistas da Argentina pedem informação sobre o inventário de geleiras e áreas periglaciais do país, exigido por uma lei aprovada em 2010 para autorizar ou rejeitar investimentos.

A lei de proteção de geleiras prevê que o Instituto Argentino de Nivologia, Glaciologia e Ciências Ambientais realize o inventário, começando por “áreas prioritárias” que são as já comprometidas por projetos de desenvolvimento.

O inventário pode demorar cinco anos, mas já deveria ter começado, disse ao Terramérica a ativista Pía Marchegiani, da Fundação Meio Ambiente e Recursos Naturais, uma das entidades que pediu informações ao Ministério de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e ao Instituto.

“Não temos provas nem certezas de nada, mas há versões de que não se estaria trabalhando em áreas prioritárias. Não pudemos ter acesso nem mesmo aos avanços ou resultados parciais do estudo”, destacou Marchegiani. Envolverde/Terramérica

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BRASIL – Etanol a partir da casca do eucalipto

Rio de Janeiro, 4 de março de 2013 (Terramérica).- Estudantes de engenharia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais obtiveram álcool combustível da casca do eucalipto, uma espécie com extensas monoculturas para a indústria do papel.

Os testes em laboratório demonstraram que a produção conseguida com a casca fresca do eucalipto, que não é usada para elaborar celulose, pode ser 20% maior do que a obtida com a cana-de-açúcar, principal fonte usada no Brasil.

“Uma tonelada de cana produz cerca de 80 litros de etanol, enquanto uma tonelada de casca fresca de eucalipto produz 106 litros”, informou ao Terramérica um dos estudantes responsáveis pela inovação, Pedro Henrique Alves da Silva, de 19 anos.

“Considerando a produtividade segundo o território, um hectare de cana produz cerca de seis mil litros de etanol, enquanto um hectare de casca de eucalipto pode produzir 2.600 litros. Agora é necessário saber se a produção é viável em escala industrial”, acrescentou Silva. Envolverde/Terramérica

Artigo produzido para o Terramérica, projeto de comunicação apoiado pelo Banco Mundial Latin America and Caribbean, realizado pela Inter Press Service (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde.