Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, 8/12/2015 – O Estado Islâmico faz sentir sua presença no Iêmen com uma série de ataques contra soldados da coalizão árabe e funcionários do governo, afirmou o jornal The Khaleej Times, dos Emirados Árabes Unidos. “Não é um fenômeno novo. Houve vários ataques ignorados, na medida em que a coalizão árabe intensificou sua campanha contra os rebeldes hutis, apoiados pelo Irã. Também alega que o EI recruta seguidores da Al Qaeda na península Arábica”, acrescentou o diário.
“A morte, no dia 6, do governador da cidade portuária de Aden, Jaafar Saad, em um atentado com carro-bomba reivindicado pelo EI, não deve desviar a atenção da guerra para expulsar os hutis de seu reduto. Aden está sob controle da coalizão, mas continua havendo bolsões de influência insurgente, como o distrito de Tawahi”, apontou o jornal.
“O governador tinha vínculos estreitos com o presidente Abd Rabbo Mansur Hadi. Sua morte foi um golpe para as tentativas da coalizão árabe de garantir a segurança da cidade. Também pode diminuir as tarefas humanitárias levadas adiante pelos Emirados na região”, destacou o diário.
“O chanceler emiratense, Anwar bin Mohammed Gargash, afirmou que o ato “trapaceiro” não ficará impune. A ofensiva se diversificará contra o novo inimigo, o EI, que toma o território cedido pela Al Qaeda. Enquanto isso, os terroristas hutis dão largas às conversações de paz. Acreditam que estão em melhor posição para negociar”, pontuou o The Khaleej Times.
Segundo o jornal, “é preciso garantir Aden para liberar os efetivos da coalizão em seu caminho para Saná, no norte. Os esforços da coalizão para capacitar a polícia iemenita, uma tarefa encabeçada pelos Emirados, devem ser acelerados. A guerra não deve ser travada em duas frentes contra diferentes inimigos, e se torna cada vez mais complexa”. Envolverde/IPS