A realização de eventos que estimulem e disseminem a cultura regional é planejada em conjunto pelos professores da Escola Estadual de Ensino Fundamental Fenelon Câmara, em João Pessoa, Paraíba. Eles trocam ideias e tomam decisões sobre as diferentes formas de realização das atividades ao longo do ano. Em sala de aula, os estudantes são orientados a conhecer melhor a cultura da região.
De acordo com a pedagoga Josefa Jucileide Galvão Lacerda, professora polivalente em turmas do quarto e do quinto anos do ensino fundamental, as atividades incluem leitura, dramatizações, pesquisas sobre o folclore e a cultura da região, narrativa de lendas, apresentação de danças folclóricas e audição de músicas, entre outras. “Os alunos envolvem-se nas atividades práticas”, destaca.
Na opinião de Jucileide, a participação nas atividades culturais promovidas pela escola proporciona aos estudantes a melhoria na atenção, no entrosamento e no relacionamento, no desenvolvimento de habilidades e na realização das atividades na classe.
Professora polivalente em turma do segundo ano na mesma escola, Gilvaneide Miguel da Costa constata que a participação dos alunos em eventos culturais melhora a socialização e os leva a se interessar pelas atividades. Há 24 anos no magistério, Gilvaneide, ao iniciar os trabalhos, discute com os estudantes as atividades a serem realizadas. “Em seguida, partimos para os ensaios de dança, cantigas de rodas, parlendas e outros”, explica.
Ione Elias Barbosa Braga, que trabalha como professora polivalente de ensino fundamental há 12 anos, aborda a cultura regional nas aulas de história e geografia para a estimular os alunos a conhecerem a cultura nordestina. “Há também uma semana dedicada ao folclore”, afirma. “Fazemos apresentações e exposições de objetos culturais.”
Durante as atividades, os estudantes vivenciam a cultura das gerações anteriores e fazem comparações com a atual. “Em sala de aula, mostramos e ensaiamos danças e peças teatrais e fazemos pesquisas para estimular as crianças e mostrar a cultura local”, assinala Ione. A realização de eventos culturais na escola anima os alunos. “Eles ficam alegres, mais participativos e se mostram mais aptos a aprender, na expectativa de uma nova mostra cultural.”
Resgate – A diretora da escola, Ilca Andrade de Lima, revela que sempre se preocupou em desenvolver trabalhos com espaços lúdicos organizados, capazes de enriquecer integralmente as áreas de conhecimento dos estudantes. O resgate da cultura nordestina é uma das preocupações de Ilca, especializada em educação infantil, com 24 anos de experiência em sala de aula.
Esse resgate é trabalhado de forma dinâmica na instituição, com a organização de murais e de livros (contos, cordéis, parlendas e receitas); apresentações de danças folclóricas, como quadrilha, forró e xaxado; brincadeiras populares, como amarelinha e pular corda; exposições de comidas típicas, como pamonha, canjica, tapioca e cocada, de vestuário e de utensílios do cotidiano nordestino. “Esse trabalho é feito com a cooperação e participação de todos que trabalham na escola, dos pais e da comunidade”, enfatiza Ilca.
*publicado originalmente no Portal do Professor.