ABU DHABI, 18 de junho de 2018 (WAM) – O ministro de Estado dos Negócios Estrangeiros dos Emirados Árabes Unidos (UAE), Anwar Gargash, informou ontem membros do corpo diplomático internacional de Abu Dhabi sobre a operação de coligação árabe para libertar a cidade portuária de Hodeida, no Iémen, do controle do Houthi.
Comentando sobre os últimos desenvolvimentos políticos, militares e humanitários, o Dr. Gargash observou que as forças da coalizão estavam se movendo intencionalmente de maneira deliberada e responsável para proteger os civis e garantir o fluxo de assistência humanitária.
“Esta operação foi intencionalmente calibrada para ajudar o enviado especial da ONU, Martin Griffiths, em sua difícil tarefa de persuadir os houthis a facilitar a transferência pacífica e incondicional de Hodeida para o legítimo governo iemenita”, disse Gargash. “A operação militar e humanitária vem depois de três anos de impasse em que o enviado especial anterior infelizmente não conseguiu trazer os houthis de volta à mesa de negociações. Acreditamos que Hodeida será um ponto de virada, porque enquanto os houthis detiverem Hodeida, eles continuarão a impedir o processo político”.
O Dr. Gargash enfatizou que medidas extraordinárias estão sendo tomadas para garantir que o impacto civil seja minimizado ao lidar com um inimigo que esteja colocando atiradores nas aldeias e tenha utilizado indiscriminadamente as minas em sua violenta campanha para manter o poder.
O porto de Hodeida continua a operar normalmente e vários navios estão atualmente descarregando mercadorias e suprimentos. Ao mesmo tempo, os EAU estão preparando cuidadosamente um aumento na resposta humanitária para populações potencialmente afetadas. Dez navios cheios de comida e suprimentos médicos já estão próximos ou a caminho de Hodeida e os comboios rodoviários estão indo para o norte de Aden para pré-posicionar suprimentos. A estrada de Hodeida para Sana’a é intencionalmente deixada aberta como um corredor para a evacuação segura da milícia Houthi.
A população civil de Hodeida considera a milícia Houthi uma força de ocupação e quer ser libertada, afirmou Gargash: “Eles não querem ser governados por extremistas religiosos apoiados pelo Irã. Eles querem ser livres. O povo de Hodeida e a coalizão têm a intenção de libertar a cidade porque ela encurtará a guerra”.
O ministro ressaltou os principais interesses estratégicos de segurança dos EAU e da comunidade internacional no Iêmen, que incluem o combate à influência iraniana no Golfo Pérsico, acabando com a ameaça inaceitável dos mísseis balísticos fornecidos pelo Irã, derrotando a Al Qaeda na Península Árabe e protegendo rotas marítimas comerciais.
O Dr. Gargash reafirmou o compromisso dos EAU com um acordo político abrangente baseado em um diálogo iemenita-iemenita, supervisionado pelas Nações Unidas de acordo com todas as resoluções relevantes com o apoio dos EAU. Ele ressaltou que os EAU não têm interesse em interferir no resultado político desse processo, que deve ser decidido pelos iemenitas para os iemenitas. (#Envolverde)
