ABU DHABI, 05 de abril (WAM) – Na terça-feira, os rebeldes Houthi atacaram um petroleiro saudita no Bab Al Mandab, um ataque que foi repelido pelas forças marítimas da coalizão internacional que trabalham para restaurar o governo legítimo do Presidente Abd Rabbu Mansour Hadi para os nossos irmãos árabes no Iêmen, disse um jornal dos Emirados Árabes Unidos (EAU).
“O incidente, no entanto, ressalta uma série de pontos que precisam ser lembrados se um acordo for alcançado para retornar essa terra conturbada à paz e à estabilidade”, disse ‘Gulf News’ no editorial na quinta-feira.
O jornal acrescentou: “Quando o presidente Hadi foi derrubado há três anos, os rebeldes houthis responsáveis eram apenas um clã levemente armado com aspirações políticas”.
“Agora, eles são uma força terrorista com a capacidade de lançar ataques de mísseis concertadas contra as cidades e centros populacionais na Arábia Saudita Eles também conseguiram os meios malignos para explorar a via navegável internacional do estreito de Bab Al Mandab e representar uma ameaça aos navios que atravessam a rota marítima internacional até o Canal de Suez, como confirma o ataque de terça-feira.
“Esta é uma força que não tem escrúpulos em alvejar navios humanitários que navegam nas águas internacionais, uma passagem que nunca poderá cair sob a influência dos mestres e armeiros do Houthi. E a única maneira que os Houthis poderiam alcançar a capacidade de minerar rotas marítimas e disparar mísseis é com a tecnologia, treinamento e apoio logístico da Guarda Revolucionária Iraniana”.
O editorial passou a dizer que o conflito no Iêmen é parte de um quadro muito mais amplo, e encontrar um caminho para a paz é ainda mais complicado. “O conflito no Iêmen é a guerra por procuração do Irã, com seus senhores em Teerã tentando avançar sua agenda sectária e política para forjar uma crescente influência do Bab Al Mandab para o Mediterrâneo, utilizando força de procuração Hezbollah, suas milícias e houthis, do Iêmen para o Líbano, na Síria e no Iraque como seus agentes de mudança”, afirmou.
“Nos primeiros meses deste conflito, os rebeldes houthi tiveram todas as oportunidades para chegar a um acordo honrado, para serem tratados como iguais entre seus pares, para trazer paz duradoura e estável ao Iêmen. No entanto, em todas as oportunidades, eles escolheram um caminho de conflito, um caminho que foi ditado em todo o Golfo Pérsico”, acrescentou.
Em conclusão, o referido diário com sede em Dubai disse.” Se agora há conversas sobre encontrar uma paz duradoura que nossos irmãos árabes merecem, ela deve vir sem que Teerã cumpra suas amarras iemenitas. É o Irã que tem alimentado os fogos deste conflito apenas para avançar sua agenda”. (#Envolverde)
