DUBAI, 8 de dezembro (WAM) – Muitos países condenaram a controvertida decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel e mover sua embaixada, localizada em Tel Aviv.
“Os Emirados Árabes Unidos lamentaram profundamente a decisão do governo dos EUA. O ministro das Relações Exteriores e Cooperação Internacional disse que a decisão unilateral é contrária às resoluções internacionais”, afirmou um editorial do jornal The Gulf News.
Por sua vez, a Arábia Saudita foi enfático em sua condenação. A Corte Real informou que o reino “lamenta profundamente” a decisão de Trump e advertiu sobre as “consequências perigosas de mover a embaixada dos EUA para Jerusalém” e clama Washington a reverter a decisão e a respeitar os acordos internacionais.
O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que seu país não apoiou a decisão “unilateral”, ao que se uniu a primeira ministra da Grã-Bretanha, Theresa May, que claramente expressou seu desacordo com os Estados Unidos.
“Seguindo as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, consideramos Jerusalém Oriental como parte dos territórios ocupados”, diz a declaração de May.
Com potências como a China e a Rússia contra a medida provocadora de Trump, o jornal inglês com sede em Dubai disse que Israel e os Estados Unidos aparecem isolados em um movimento que visa claramente e traiçoeiramente legitimar a ocupação de Jerusalém.
“Da Jordânia à Turquia, do Paquistão à Malásia e da Alemanha ao Egito, autoridades, governantes, intelectuais, jornalistas, poetas e pessoas comuns, lamentam a renúncia da autoridade moral dos Estados Unidos e seu papel de intermediário honesto no conflito palestino-israelense”, acrescentou.
A Organização para a Cooperação Islâmica convocou uma cúpula extraordinária para discutir o assunto na quarta-feira 13, em Istambul.
“No meio do último casus belli, as palavras de líderes como o Papa Francisco, a mais alta autoridade da Igreja Católica, procuram oferecer conforto. Jerusalém, é uma cidade única, reconheceu o pontífice. Tem uma vocação especial para a paz”, concluiu The Gulf News, editorial. (Envolverde)