Brasília – No Nordeste do Japão, a empresa Tokyo Electric Power (Tepco), que administra a Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, detectou níveis de radioatividade 130 vezes acima do normal no solo da central. A empresa identificou a substância estrôncio-90, que é radioativa, pode provocar câncer e fragilizar os ossos quando inalada. Os especialistas colheram amostras de três áreas diferentes da usina.
As amostras de terra foram recolhidas em 18 de abril, a 500 metros dos reatores 1 e 2, cujos sistemas de refrigeração foram afetados pelo terremoto seguido por tsunami, em 11 de março. Nesse mês, já havia sido detetado estrôncio na terra e nas fábricas localizadas a mais de 30 quilômetros da usina.
O diretor do Centro de Análises Químicas do Japão, Yoshihiro Ikeuchi, disse que existe risco de contaminação. Mas, segundo ele, a ameaça é reduzido, caso a substância seja transportada pelo vento.
Ikeuchi recomendou que os técnicos e peritos que atuam na usina usem máscas para evitar riscos de contaminação por estrôncio. Ele alertou ainda para a necessidade de se medir e monitorar a qualidade do ar.
Os trabalhadores da Tepco entraram hoje (9) no edifício do reator 1 da Central Nuclear de Fukushima para restaurar os sistemas de refrigeração. O terremoto seguido por tsunami, em 11 de março, provocou mais de 25 mil mortos e desaparecidos no país. Também gerou um alerta mundial sobre segurança nuclear.
* Publicado originalmente no site Agência Brasil.