A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) se prepara para lançar, no final deste ano, uma ambiciosa agenda de desenvolvimento posterior a 2015, e a mensagem é inequívoca: a erradicação da fome e da desnutrição deve ser uma prioridade. Em seu informe anual divulgado na capital italiana, a agência reconhece que o mundo fez certos progressos na luta contra a fome e a desnutrição, mas destaca que ainda há um “longo caminho” pela frente para resolver a crise. O diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, diz enfaticamente: “Devemos lutar por nada menos que a erradicação da fome, da insegurança alimentar e da desnutrição. A única resposta efetiva para a insegurança alimentar é o compromisso político em níveis nacional, regional e internacional por parte da comunidade de doadores e das organizações internacionais”. Os números contidos no relatório são impactantes: a desnutrição provoca perda de produtividade para a economia mundial e gastos em cuidados médicos equivalentes a US$ 3,5 trilhões, ou US$ 500 por pessoa. “Significa quase todo o produto interno bruto anual da Alemanha, a maior economia européia”, diz o documento. (Envolverde)