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Fim do conflito na Síria frearia fluxo de imigrantes

Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, 1/2/1016 – A Europa tem boas intenções quando abre suas fronteiras para os refugiados que fogem da guerra e da perseguição no Oriente Médio, mas está claro que as coisas não avançam como o previsto, afirmou o jornal emiratenseThe Khaleej Times.A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, tinha uma responsabilidade moral no ano passado quando se comprometeu a oferecer um lar para os refugiados. A questão é se abriu demasiadamente as portas a ponto de gerar outra crise, questionou o diário.

A imigração pode ter sido boa para a Alemanha no contexto de sua minguante força de trabalho, mas está claro que Merkel não pensou bem. Outros países europeus não compartilham da iniciativa porque a imigração também se trata de integração, e de defender os valores europeus de liberdade em todos os aspectos da vida.Agora que os recursos escasseiam, a paciência se esgota e os dirigentes políticos ficam nervosos, a situação degenera em leis mais duras e pedidos de deportação.

Seria de se esperar que os países escandinavos, como Noruega e Suécia, reagissem com tranquilidade diante da crise, mas sua reação foi impactante.A causada crise de refugiados é a guerra. As partes que se enfrentam na Síria ainda devem sentar e conversar para encontrar uma solução. Alguns atores, como a Rússia, têm um papel cada vez maior no campo militar no enfrentamento ao Estado Islâmico. As posições endurecem e ninguém escuta.

Quando era escrito o editorial do jornal emiratense, outro barco naufragou no Mediterrâneo e muitas pessoas morreram.Mas é uma vergonha que os principais atores no conflito não tenham a seriedade necessária para resolver a atual crise humanitária e o conflito na Síria. Por um lado, há um déspota, e, de outro, uma organização terrorista disposta a tudo para criar um califado. As pessoas não têm muito o que escolher, enquanto sofrerem com bombas das forças sírias, russas, norte-americanas e francesas.

Então, a população civil que pode foge para Turquia, Grécia e o coração da Europa. Mas a mensagem deve mudar, a Europa não é a terra prometida e, no melhor dos casos, é um refúgio temporário. Mas já é muito tarde para os 80 mil solicitantes de asilo que a Suécia pensa em devolver aos seus países. Envolverde/IPS