Hoje, 17 de julho, comemora-se o Dia de Proteção às Florestas. Mais do que ressaltar a importância das florestas nativas para o meio ambiente e a vida no planeta, vale destacar este novo segmento que é o de florestas plantadas, cultivadas para recuperar áreas degradadas e para serem utilizadas pela indústria de celulose, madeiras, carvão, entre outros fins comerciais.
As florestas plantadas, em acordo com as licenças ambientais, evitam o desmatamento das árvores nativas. Além disso, com informações técnicas adequadas e bom planejamento de quando e como as árvores podem ser extraídas, evitam-se outros danos ao meio ambiente, como o desmatamento das matas ciliares, a degradação dos solos e a perda da biodiversidade.
A forma como é feita a extração pode influenciar e muito na recuperação do solo após o plantio, por esse motivo, é importante o uso de máquinas potentes e de alta tecnologia para o manejo adequado, possibilitando a poda e a colheita de árvores de forma equilibrada.
A expansão da atividade já se reflete na maior demanda por equipamentos neste segmento. De norte a sul do país, pequenos e médios produtores encontraram no reflorestamento e no plantio de novas florestas uma importante fonte de rendimentos. São produtores rurais que adotaram a prática plantando árvores, especialmente eucalipto e pinus, em áreas degradadas, improdutivas ou até mesmo desenvolveram a silvicultura em paralelo a outros cultivos. Para se ter uma ideia, uma produção de eucalipto oferece até 10 vezes mais renda na mesma área da pecuária e sem precisar diminuir o rebanho.
A cidade de Umuarama, interior do Paraná, tem se mostrado um dos polos nacionais da silvicultura atualmente. Já são 20 mil hectares de floresta plantada destinada a geração de energia, indústria moveleira e de construção civil. Desde o final do ano passado até agora, o município doou 300 mil árvores para 110 produtores locais. Cada um recebeu no máximo 4 mil mudas a serem plantadas, segundo o diretor de agricultura e meio ambiente Claudio Marconi, e novos projetos já estão em andamento.
Outra negociação comum consiste na parceria com grandes empresas, por meio da liberação da área ociosa dos produtores rurais para que as empresas pratiquem o reflorestamento, repartindo o resultado da produção entre as partes. Neste caso, a vantagem é que os custos de produção e técnicas em silvicultura ficam sob responsabilidade das empresas. Para o produtor fica apenas o lucro pela locação da área.
Considerando a extensão territorial brasileira, concluímos que áreas para a produção e extração sustentável das florestas não vão faltar. Além disso, vale destacar os inúmeros benefícios das árvores para o equilíbrio da natureza, entre eles a absorção do gás carbônico da atmosfera (CO2). Promovida de maneira responsável, a atividade de reflorestamento ou florestas plantadas só tende a render bons frutos para a sociedade, por meio da geração de emprego e renda, para a indústria, com garantia de crescimento e desenvolvimento, e para o meio ambiente, com a preservação do ecossistema e qualidade de vida para os seres vivos.
* Graziela Lourensoni é gerente de Marketing e Produtos para a América Latina da Husqvarna.