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Fonte solar poderá ser 13%da matriz energética

Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, 23/6/2016 – A proporção de eletricidade gerada a partir da energia solar fotovoltaica poderá aumentar, passando dos atuais 2% para 13% até 2030, segundo o último informe da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena).

O informe Deixando Passar a Luz: Como a Energia Fotovoltaica Revolucionará o Sistema de Eletricidade, divulgado no dia 22, no InterSolarEurope, conclui que a indústria solar tem possibilidades de uma enorme expansão, graças, principalmente, à redução de custos.A capacidade fotovoltaica poderia ficar entre 1.760 e 2.500 gigawatts (GW) até 2030, bem acima dos 227 GW gerados atualmente.

“As últimas análises da Irena concluem que continuará a redução de custos na energia solar e na eólica, com uma possível redução de até 59% nos equipamentos fotovoltaicos nos próximos dez anos”, disse o diretor-geral da agência, Adnan Z. Amin.

“Estima-se que a demanda por eletricidade crescerá mais de 50% no mundo até 2030, principalmente nos países em desenvolvimento e nas economias emergentes”, destacou Amin. “Para cobrir a demanda ao mesmo tempo em que se busca cumprir os objetivos de desenvolvimento sustentável, os governos terão que implantar políticas para alcançar todo o potencial da energia solar”, afirmou.

Para conseguir cobrir 13% da demanda por eletricidade com energia solar até 2030 será preciso duplicar a capacidade anual nos próximos 14 anos.

O informe apresenta cinco recomendações para conseguir o aumento: atualização de políticas em função das últimas inovações, apoio estatal à pesquisa permanente e atividades de desenvolvimento, criação de um marco de padrões globais, mudanças na estrutura do mercado, e adoção de tecnologias propícias como armazenamento e matrizes inteligentes.

Esse informe é o terceiro publicado pela Irena neste verão boreal. Na segunda semana deste mês apresentou O Poder da Mudança, com o prognóstico de que o custo médio da eletricidade gerada com tecnologia solar e eólica poderia diminuir entre 25% e 59% até 2025.

E, no começo desta semana, a Irena divulgou Gestão de Vida Útil: Equipamentos Solares Fotovoltaicos, que concluiu que a potência técnica dos materiais recuperados dos painéis descartados poderia superar os US$ 15 bilhões até 2050, uma oportunidade de negócio convincente. Envolverde/IPS