Gelo marinho no Ártico atinge baixa recorde
Gelo cobre atualmente cerca de 1,58 milhões de quilômetros quadrados, ou menos de 30% da superfície do Oceano Ártico A quantidade de gelo marinho no Ártico caiu para o menor nível já registrado, uma confirmação do drástico aquecimento da região e provavelmente um prenúncio de grandes mudanças que virão devido às mudanças climáticas.
Gelo cobre atualmente cerca de 1,58 milhões de quilômetros quadrados, ou menos de 30% da superfície do Oceano Ártico
A quantidade de gelo marinho no Ártico caiu para o menor nível já registrado, uma confirmação do drástico aquecimento da região e provavelmente um prenúncio de grandes mudanças que virão devido às mudanças climáticas.
Satélites que monitoram a extensão do gelo marinho constataram no fim de semana que o gelo cobre atualmente cerca de 1,58 milhões de quilômetros quadrados, ou menos de 30% da superfície do Oceano Ártico, segundo cientistas. Isso é apenas um pouco abaixo da baixa recorde anterior, estabelecida em 2007, mas com semanas antes do fim da temporada de derretimento de gelo característico do verão, fica evidente que o recorde será superado por uma larga margem.
O Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo, uma agência de pesquisa financiada pelo governo norte-americano, em Boulder, Colorado, anunciou os resultados nesta segunda-feira, 27, em colaboração com a Nasa. A agência baseia seus números em uma média conservadora de cinco dias da extensão do gelo do mar em movimento.
A quantidade de gelo marinho no verão diminuiu mais de 40% desde que o rastreamento por satélite começou no final de 1970, uma tendência que, segundo a maioria dos cientistas, é principalmente uma consequência da atividade humana.
“É difícil até mesmo para pessoas como eu acreditar, mas estamos vendo que a mudança climática está realmente fazendo o que antecipamos em nossos piores receios”, disse Jennifer Francis, uma cientista da Universidade Rutgers, que estuda o efeito dos padrões climáticos sobre o gelo marinho. “Está começando a me dar calafrios, para dizer a verdade.”
Previsões científicas baseadas em modelos de computador há muito sugeriram que um tempo virá quando o Ártico estará completamente livre de gelo no verão, talvez até o meio do século. O derretimento observado este ano está dando credibilidade a análises mais pessimistas dando conta que o derretimento total do gelo marinho no Ártico pode chegar mais cedo, talvez até o final da década.
* Publicado originalmente no jornal The Economist e retirado do site Opinião e Notícia.




