Uma pesquisa desenvolvida pelo Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado e do Projeto Xingu, apontou que cresceu nos últimos anos a incidência de doenças crônicas, como hipertensão arterial, entre os índios do Parque Indígena do Xingu, localizado no estado do Mato Grosso. Os dados foram obtidos com base em entrevistas e exames realizados em índios khisêdjês, moradores da área central do Parque do Xingu, no período de 2010 a 2011. A análise dos resultados mostrou a prevalência de hipertensão arterial (10,3% do total) em ambos os sexos, sendo que 18,7% das mulheres e 53% dos homens apresentaram níveis de pressão arterial preocupantes. A intolerância à glicose foi identificada em 30,5% das mulheres e em 17% dos homens. A dislipidemia (aumento anormal da taxa de lipídios no sangue) apareceu em 84,4% dos participantes dos dois sexos. Outro resultado que chamou a atenção dos pesquisadores é que muitos dos índios estão com excesso de peso (sobrepeso ou obesidade), o que ocorre em 36% do total de mulheres e 56,8% dos homens. (Envolverde)