Instituto EDP divulga os projetos socioambientais que receberão apoio em 2015
por Elisa Homem de Mello – Ao todo, 29 iniciativas ligadas à educação, ao desenvolvimento local, combate ao câncer infantil, turismo ambiental dentre outros serão beneficiadas em 6 estados brasileiros Com o pressuposto de que a transformação começa pelo diálogo, o Instituto EDP promove anualmente o evento Diálogos EDP Solidária.
por Elisa Homem de Mello –
Ao todo, 29 iniciativas ligadas à educação, ao desenvolvimento local, combate ao câncer infantil, turismo ambiental dentre outros serão beneficiadas em 6 estados brasileiros
Com o pressuposto de que a transformação começa pelo diálogo, o Instituto EDP promove anualmente o evento Diálogos EDP Solidária. Esta iniciativa reúne renomados especialistas em educação, energia e demais temas relevantes para uma rodada de debates e para anunciar os projetos sociais que receberão o patrocínio da EDP, dentro do programa EDP Solidária.
O Instituto EDP (IEDP), organização que coordena as iniciativas socioambientais do Grupo EDP, divulgou a lista de projetos que receberão apoio em 2015 durante a sexta edição do Diálogos EDP Solidária, evento realizado em Vitória/ES, entre os dias 23 a 25 de março e que marca o início de suas atividades no ano.
Foram três dias dedicados a debates, palestras e dinâmicas com foco no setor social. “Todos os anos selecionamos ONGs que estejam alinhadas com nossos eixos estratégicos: Educação, Desenvolvimento Local, Combate ao Câncer Infantil, Cultura, Esporte e Consumo Consciente. O Diálogos EDP Solidária é um grande encontro com os parceiros do Instituto que se dispõem a refletir e ampliar os horizontes da sustentabilidade”, comenta Pedro Sirgado, diretor do IEDP.
Por meio do programa EDP Solidária, o Instituto apoia projetos que visam a melhoria da qualidade de vida de pessoas menos favorecidas e a integração de comunidades em risco de exclusão social. Dezenas de projetos sociais já foram selecionados nos Estados de São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Tocantins por comitês externos de representantes das áreas da responsabilidade social, implementados por organizações parceiras e monitorados pelo Instituto EDP.
Os projetos
Distribuídos por seis estados, 29 projetos receberão investimentos do instituto. No Espírito Santo, uma das parcerias é com a ONG Ateliê de Ideias que beneficia famílias de baixa renda dos municípios de Vitória, Vila Velha, Cariacica e Serra, por meio dos bancos comunitários, voltados para geração de trabalho e renda para fomento das economias locais. A iniciativa prevê créditos destinados ao acesso a moradias seguras e confortáveis e apoio técnico para reforma de casas.
O “Aprender e Crescer”, um dos projetos no Tocantins, realizado pela Associação Atlética Atenas, usa o futebol society como agente facilitador da educação. O objetivo do programa é criar oportunidade por meio de ações que disseminem conceitos e valores ligados a cidadania, promoção da saúde, educação e preservação do meio ambiente para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.
Em São Paulo, o Instituto apoia, entre outras inciativas, o “Aliança EDP de Empreendedorismo Comunitário”, projeto que capacita pessoas nas regiões de Mogi das Cruzes, Suzano e Aparecida, em gestão e comportamento empresarial, incentivando o desenvolvimento social, ambiental e econômico dessas regiões. Outro projeto apoiado no Estado é o “GACC vai à Escola”, criado para colaborar com a inserção de crianças e adolescentes com câncer no ambiente escolar, promovendo desenvolvimento educacional de qualidade e efetivo progresso no aprendizado.
Durante o VI Diálogos EDP Solidária, também foi apresentada a agenda do EDP nas Escolas, para 2015. O programa tem a finalidade de contribuir com a melhoria da qualidade de vida dos alunos do ensino fundamental de escolas públicas municipais. Desde sua criação, em 2002, já beneficiou cerca de 160 mil jovens dos Estados de São Paulo, Tocantins, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Balanço de 2014 do IEDP
Em 2014, as ações socioambientais da EDP, gerenciadas pelo instituto, beneficiaram mais de 27 mil pessoas com projetos de empreendedorismo, cidadania, conservação de nascentes, estímulo à formação escolar, entre outros. Desde o início de suas atividades, em 2007, o IEDP atendeu, direta e indiretamente, mais de 304 mil pessoas nos Estados onde atua: São Paulo, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Amapá, Pará, Tocantins, Ceará e Rio Grande do Norte.
Redobrar esforços em prol da eficiência
Gestor de Energia da EDP traça panorama sobre o setor no Brasil
Pedro Kurbhi, Gestor Executivo para Clientes e Serviços de Energia da EDP, contribuiu com o debate realizado no dia 23 de março, durante a sexta edição do Diálogos EDP Solidária, traçando um panorama sobre os fatores que influenciam positiva ou negativamente a matriz energética nacional.
“No Brasil, nascemos com vocação hídrica para geração de energia. Mas apesar de todo este potencial, a energia deixará de ser gerada em sua capacidade total pela força d’água e seremos obrigados a desenvolver fontes alternativas de geração de energia”, afirma o gestor.
Conforme o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE), para 2023 prevê-se um aumento destas fontes alternativas. Estima-se, por exemplo, que fontes em PCH (pequenas centrais hidrelétricas) devam chegar a 20%; eólicas e solares, 60%. Juntas (eólica e solar) estas usinas devem somar 22 gigawatts (GW) de potência instalada, ou seja, quase metade da geração alternativa prevista para o País no PDE, que gira em torno dos 43%.
Kurbhi reforça, no entanto, a necessidade de investimentos em fontes de geração de energia mais limpas, mas não doura a pílula ao afirmar que as termelétricas são as mais rápidas, embora mais poluentes. O senão, entretanto, é o custo alto para consumidores e indústrias. “Estamos muito aquém se compararmos a nossa matriz com a de outros países. Faltam subsídios no nosso país, além disso, o ICMS é muito impactante na energia elétrica. Estamos aumentando nossas fontes renováveis, mas ainda há um longo caminho pela frente.”
Dados do PNUMA até 2012, mostravam que o investimento mundial em novas instalações havia caído 12% por causa da redução nos preços dos equipamentos. Já a capacidade de produção havia registrado aumento de 28,8 GW em 2011 para 30,5 GW em 2012.
Do outro lado do Atlântico, a maior economia da Europa manteve o papel de liderança no mercado global de geração de energia fotovoltaica. A Alemanha detém 31% do mercado global e é responsável por 44% da energia solar produzida em todo o continente: 32,411 GW da capacidade instalada. O PNUMA indica que a rede elétrica alemã recebeu aporte de 7,6 GW com a instalação de sistemas recém conectados. E de acordo com a Associação Europeia da Indústria Fotovoltaica (Epia, por sua sigla em inglês), a nação teve uma taxa de crescimento constante por quase uma década e, atualmente, é o país mais desenvolvido neste setor em nível global. De toda a energia consumida pelos alemães, 5,5% é proveniente do sol. “E se compararmos o lugar mais chuvoso do Brasil com o mais ensolarado da Alemanha, o nosso país ainda é 40% melhor em termos de sol”, informou Kurbhi, com um sorriso meio inconformado.
A energia solar representa 26% da energia renovável instalada no planeta e é a terceira principal fonte de geração de eletricidade. A capacidade acumulada de geração de energia fotovoltaica no mundo atingiu pouco mais de 102 GW. Por ano, estas instalações poupam 53 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2), um avanço considerável para o Planeta, segundo dados da Epia.
O Brasil, com seus mais de 7 mil km de extensão litorânea, tem tudo o que é necessário para atingir um potencial gigante em mais este quesito também. É preciso redobrar, triplicar os esforços para mostrar ao mundo que nossa natureza exuberante é também eficiente. (#Envolverde)




