Investimento global em tecnologia verde cresceu em 2011 apesar da crise

Os investimentos globais em tecnologias limpas, as fusões e aquisições, cresceram de forma expressiva em 2011, apesar da crise. A maior parte desse crescimento foi sustentada pelos investimentos nos Estados Unidos, particularmente na Califórnia. Na Europa e em Israel, eles caíram.

Atualizado em 17/01/2012 às 11:01, por Ana Maria.

Os investimentos globais em tecnologias limpas, as fusões e aquisições, cresceram de forma expressiva em 2011, apesar da crise. A maior parte desse crescimento foi sustentada pelos investimentos nos Estados Unidos, particularmente na Califórnia. Na Europa e em Israel, eles caíram.

Todos os tipos de investimento em tecnologia limpa cresceram em 2010, totalizando US$ 9 bilhões, muito perto do recorde alcançado em 2008, que foi de US$ 9,5 bilhões. Foi um aumento global de 13% sobre 2010.

Também aumentaram muito as operações de fusões e aquisições no setor de tecnologias limpas, chegando a 391 operações e expressivo valor de US$ 41,2 bilhões. Número recorde, 153% acima do que foi observado em 2010. Os investimentos de risco (venture capital) em novas tecnologias também continuaram em 2011, sinalizando dinamismo na área de pesquisa e desenvolvimento e de preparação de novos produtos e novas tecnologias para entrada em mercado.

O investimento em tecnologias limpas foi mais forte e consistente nos Estados Unidos. Ele cresceu 31%, em 2011, subindo de US$ 5,2 bilhões em 2010, para US$ 6,8 bilhões, representando 76% do total dos investimentos globais analisados pela empresa de pesquisa e consultoria Cleantech Group. Dentro dos Estados Unidos, a California é o polo mais dinâmico de tecnologias limpas, recebendo US$ 3,7 bilhões dos investimentos, 54% do total local, um crescimento de 25%. Europa e Israel representaram 14% dos investimentos em tecnologia verde em 2011 e a Ásia-Pacífico, 10%.

Os investimentos em tecnologia verde caíram 30% na Europa e em Israel por causa da crise. Alcançaram US$ 1,3 bilhão em 2011, contra US$ 1,8 bilhão em 2010. As operações em fusões e aquisições diminuíram em 33%.

Na Ásia, as empresas continuaram investindo, mas com alguma desaceleração. Os IPOs – chamadas de capital em bolsa – na região, por exemplo, levantaram US$ 9,6 bilhões, volume 41% inferior ao de 2010, que chegou a US$ 16,4 bilhões. A China concentrou 55% dessas operações no mercado asiático em 2011.

O setor de energia solar foi o que recebeu globalmente a maior parcela de investimentos, da ordem de US$ 1,8 bilhão, seguido pelo de eficiência energética, com US$ 1,5 bilhão, e transportes, US$ 1,1 bilhão.

* Publicado originalmente no site Ecopolítica.


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